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Movimento se manifesta sobre reintegração de posse no Iphan

Em nota em rede social, “Ocupa Iphan-MS” reclama de arbitrariedades

27 JUN 2016 • POR Natália Moraes • 15h15
Reprodução

Na manhã desta segunda-feira (27), a Polícia Federal promoveu uma reintegração de posse na sede do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Campo Grande. O prédio estava ocupado desde 20 de maio por artistas e ativistas.

Em nota na rede social Facebook, o movimento Ocupa Iphan-MS alega ter sido vítima de arbitrariedades por parte da Polícia Federal. Segundo eles, a PF não possuía identificação, não permitiu a retirada de pertences, foi ofensiva com os manifestantes, e ainda, policiais homens abordaram uma mulher com roupa íntima. Segundo atriz Fernanda Kunzler, integrante do movimento, 15 pessoas estavam no local no momento da reintegração. “Não agredimos de nenhuma forma os policiais, foram homens armados, várias viaturas, e não somos bandidos”.

A reintegração atende uma ordem judicial da 4ª Vara Federal. De acordo com a comunicação da Polícia Federal, houve o cumprimento de uma determinação judicial a pedido da superintendente do Iphan, Norma Daris Ribeiro.“A determinação era para que se retirassem as pessoas que lá estavam, conforme pedido da superintendente”. Segundo a PF, Ribeiro fez o pedido devido a supostas agressões a funcionários públicos pelos ativistas.

A nota também se dirige à superintendente do Iphan. Segundo os manifestantes, ela rompeu o diálogo com o movimento, e dizem que não houve agressão deles em relação aos funcionários. De acordo com Kunzler, “a gente não parou o prédio de funcionar, ele estavam trabalhando normalmente”. Além disso, ela ressalta que houve um acordo entre o ato e a superintendência do Iphan. “A gente não acessava toda a sede, só uma parte, que foi acordada por documento, o objetivo era preservar o patrimônio”.

No local, eram organizadas atividades semanais, que incluíam exibições de filmes, peças, debates, dentre outros. A intenção do movimento era defender a democracia e direitos de minorias, com fomento à arte e cultura.

A reportagem tentou contato com o Iphan, mas o telefone só chamava.