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Zeca promete ‘acabar’ com impostos cobrados dos micros e pequenos empresários

1 JUL 2010 • POR Celso Bejarano • 09h54

O ex-governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio do Santos, o Zeca do PT, disse hoje à tarde, após a convenção do partido, que um de seus “primeiros atos”, em caso de vitória sobre o governador André Puccinelli, candidato à reeleição do PMDB, será o de “acabar” com os impostos estaduais cobrados dos micro e pequenos empresários.

“Vamos extinguir com a ditadura fiscal imposta aqui nos dias de hoje”, disse ele em coletiva de imprensa, no auditório do hotel Jandaia, área central de Campo Grande. O candidato não detalhou o número de favorecidos com o projeto prometido.

Disse, contudo, que os micros e pequenos empresários são vítimas do que ele chamou de “bitributação”. Isto é, o segmento estaria pagando um imposto sobre uma mercadoria a duas fontes.

Outra medida aplicada por Zeca, se eleito, segundo ele, tem a ver com um projeto criado no início de seu governo, em 1999, batizado de Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul).

Esse fundo é arrecadado por meio de impostos captados de negócios que envolvem o transporte de grãos e animais, e o recurso aplicado em melhorias das estradas, por exemplo.

O candidato petista disse que quer “rever” o projeto para não cometer “injustiça com o contribuinte”. Ele disse “desconfiar” que o tributo estaria sendo mal aproveitado.

Campanha

Ainda na coletiva de imprensa, Zeca do PT disse que não teme a candidatura de Puccinelli, que conquistou uma aliança composta por 14 partidos; já o petista acertou hoje coligação com sete partidos. “vamos vencer as eleições nas ruas, no corpo o corpo, não temo quem tem mais dinheiro. E mais: em 1998, quando vencemos, tínhamos seis alianças, e se levarmos em conta essa comparação estamos melhor agora”, disse ele.

Zeca do PT disse que sua campanha deva custar em torno de R$ 10 milhões, dinheiro que, segundo ele deve ser arrecadado por meio de doação feita pelo partido estadual e nacional e também de pessoas que estariam interessadas em ajudá-lo.

“Tem grandes fazendeiros, grandes empresários, descontentes, a fim de nos ajudar”, disse ele. Já o candidato do PMDB, André Puccinelli, prevê um gasto maior. Ele disse nesta semana que sua campanha deva consumir entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões.