Em clima tenso, Nelsinho anuncia pré-candidatura de Marquinhos

Irmãos Trad não se cumprimentaram durante todo evento

Os irmãos Trad não se olharam olho no olho em nenhum momento. Marquinhos só sorriu uma vez juntos com os demais e foi ironicamente – quando compararam o comportamento dele ao de Alcides Bernal. Apesar do clima festivo os rostos da dupla revelavam um incômodo com a situação e o corpo denunciava uma forte tensão. Mas, nada disso impediu a união entre PSD e PTB.

O ex-prefeito Nelsinho Trad, chegou atrasado anunciando a que veio interrompendo entrevistas e conversas paralelas. Em lados opostos da mesa, os irmão transmitiam um sinal diferente daquele pretendido. Em certo momento, o presidente municipal do PSD, Robison Gatti, falou bem alto para o pré-candidato recém-anunciado por Nelsinho: “Fica do lado do Nelson...”. O que foi completamente ignorado.

Para Nelsinho a bola da vez para Campo Grande tem nome e sobrenome: “deputado Marquinhos Trad. Nós estamos hipotecando o apoio do partido ao PSD. Ele reúne todas as condições para o enfrentamento das eleições que se aproximam. Fizemos pesquisa qualitativa e quantitativa que indicam isso. A união das forças é fundamental para atingirmos nossos objetivos nas majoritária e minoritárias”. Para o ex-prefeito ela já teve a oportunidade dele e fez o que tinha que fazer: “A mudança e renovação tem nome e é Marquinhos Trad”, repetiu.

Marquinhos Trad anunciou sua pré-candidata a vice-prefeita, Adriane Lopes (PEN). Ela é esposa do deputado estadual Lídio Lopes (PEN) e também evangélica.de acordo, com o Trad mais novo foram feitas 600 visitas nos bairros de Campo Grande pelo ‘Conversa com nossa Gente’. “Eu conheço Campo Grande não de avião, não de helicóptero, mas de andar por ela. Há 21 anos me preparo. São 11 mandatos como deputados estadual e 21 anos conhecendo o trabalhador. Eu andei na cidade e vocês são prova disso. Estamos com condições e bem preparados. Hoje com o PTB de Lúdio Coelho, meu pai Nelson Trad e Pedrossian, entendemos que o nosso nome é o melhor. Não vou decepcionar. Não vou envergonhar Campo Grande. Não tem ‘toma-lá-dá-cá’, não fazemos conchavos, vamos fazer com responsabilidade”

Ao responder uma pergunta feita mais de uma vez sobre o envolvimento do nome do irmão em esquemas de corrupção, Marquinhos o fez da mesma forma. “O Nelsinho é o Nelsinho, o Marquinhos é o Marquinhos. Se ele tiver que pagar (para a Justiça) vai pagar”. Sobre o ex-governador André Puccinelli, ele apontou: “O André sabe o que é melhor para Campo Grande. Ele vai decidir para quem vai pedir votos. Eu não vou procurá-lo”, declarou.

Marquinhos atacou sutilmente apontando que o problema de Campo Grande é má-gestão e que a arrecadação do município sobe todo ano.  No que pareceu uma alfineta ao irmão o pré-candidato foi firme. “Quem não se adequou a ética , dificilmente vai se adequar ao longo da vida. Eu sou conhecido com oadvogado, não como réu ou envolvido em algum esquema”, finalizou.

dúvida

O presidente regional do PSD, Antônio Lacerda, disse que também estão coligados com PEN, PHS, PMN, PT do B e “se Deus quiser o DEM”. “Nós temos 12 majoritárias no interior”, afirmou e continuou, “A dúvida é sair chapa pura ou não. Não falamos com o PMDB. Há certa dificuldade com o Marquinhos, mas o nome Trad é como uma grife já identificado com capacidade de gestão. Tudo que é positivo do Nelsinho já cola no Marquinhos, mas o que é negativo não”.