Operação Vulcan termina com prefeito de Jardim e assessores denunciados ao TJ
3 AGO 2016 • POR Da redação com assessoria • 17h32
Após a investigação da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco) de desvio de patrimônio público da prefeitura de Jardim, cidade a 237 km de Campo Grande, a segunda fase da Operação Vulcan é encerrada com o indiciamento dos acusados e será concluída com o encaminhamento do processo ao Tribunal de Justiça do Estado.
Dentre os acusados estão o prefeito de Jardim, Erney Cunha; o secretário de obras, Dival Willean e o Chefe de Frotas, Antonio Perdomo que respondem por desvio de patrimônio público, contrabando, falsidade ideológica e associação criminosa. Além dos comerciantes G.M.G. e S.G.S. que também são acusados de receptação, contrabando, falsidade ideológica e associação criminosa.
A Receita Federal informou que a permuta feira pela prefeitura de Jardim e os comerciantes é terminantemente proibida pela Portaria RFB 3010/2011.
Entenda o caso
A Operação Vulcan, que investigou a venda de pneus da prefeitura de Jardim, teve início em junho deste ano, após a Deco receber uma denúncia de desvio de verba pública. As investigações comprovaram o esquema da prefeitura na troca de pneus recebidos pela Receita Federal.
De acordo com a Delegada da Deco, Ana Cláudia Medina, durante o ano de 2015 a Prefeitura de Jardim fez várias solicitações de materiais para a Receita Federal, dentre elas, pneus para a frota da cidade. No dia 4 de dezembro de 2015 a Prefeitura efetivou o recebimento destes materiais, porém os pneus não eram compatíveis com os veículos da municipalidade .
“Com esses materiais incompatíveis a prefeitura de Jardim desviou, sem a devida documentação e tramites legal, o patrimônio público doado pela Receita Federal. O secretario de obra buscou os comerciantes da cidade para fazer uma negociação para a troca do material. O acordo para a permuta , seria sempre de dois pneus da prefeitura por um dos comerciantes”, explica Medina.