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TCE: presidente assume "fantasmas" e que herdou "bagunça"

12 AGO 2016 • POR Liziane Berrocal • 16h34

Após passar um ano “arrumando a casa” como ele mesmo diz, e agora ser reeleito para o cargo de presidente de Tribunal de Contas do Estado, o conselheiro Waldir Neves afirmou em entrevista exclusiva ao JD1 Notícias que enfrentou um primeiro ano de mandato bastante complicado e com servidores fantasmas na Corte de Contas.  O assunto veio à tona após o presidente falar sobre os projetos implantados para a transparência do órgão e o fato de que antes era “tudo blindado”.

“Quando entrei aqui, tava um “rebuliço”. Aqui havia dois sindicatos. Implantamos aqui o ponto eletrônico, coisa que ninguém acreditava ser possível, e todo vem trabalhar certinho, quase não cabe carro no estacionamento. Tinha uma parte que não vinha. Não se tinha controle. É claro que convocamos mais pessoas também, mas havia realmente aqui uma desorganização. Eu estou aqui agora, mas quem me garante que os funcionários estão todos em seus setores trabalhando? É preciso haver um controle. Antes alguns funcionários vinham trabalhar, mas iam embora às 14h. Fizemos uma pesquisa interna e alguns servidores inclusive manifestaram insatisfação com isso e alegavam que alguns eram “protegidos dos conselheiros””.

Segundo Neves, por isso há seis meses foi implantado o ponto eletrônico e que ele cumpre expediente, trabalhando do meio dia às 18h30. “Criamos então o ponto eletrônico e o nosso pessoal é o primeiro a dar exemplo. Eu chego aqui todo dia entre meio-dia e meio-dia e meia e saio às 18h, 18h30. Eu faço questão de viver no Tribunal, porque não dá para administrar à distância. É preciso andar, ver as pessoas, conversar com o servidor, discutir e reunir com os colegas conselheiros. Todos os projetos implantados aqui não saíram da minha cabeça, mas foram discutidos com os servidores e conselheiros, até porque existem questões técnicas que só quem é da área consegue entender”, afirmou.

O salário atual do presidente do Tribunal de Contas é de R$ R$ 41.135,99, uma vez que ele recebe abono de 35% pelo cargo de presidência. O salário dos demais é de R$ 30.471,11.