Análise de antecedentes criminais usada na Rio 2016 é legado para a segurança
16 SET 2016 • POR Portal Brasil • 18h03Uma das atividades de inteligência desenvolvida pelo Ministério da Justiça durante a Rio 2016 é o trabalho análise de antecedentes de todos os candidatos à obtenção de credenciais para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, incluindo atletas, comissões técnicas, árbitros, jornalistas, dirigentes esportivos, autoridades, voluntários e força de trabalho.
Coordenada pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça e Cidadania (SESGE/MJC), a pesquisa tem uma equipe de 40 analistas de risco de diferentes instituições de segurança pública. O grupo trabalha utilizando um sistema automatizado desenvolvido especificamente para a realização de consultas a bases de dados de instituições estaduais, federais e internacionais com vistas à detecção de indivíduos que possam representar qualquer tipo de ameaça à segurança dos Jogos.
Chamada também de “Background check”, a análise de antecedentes contou com uma estrutura desenvolvida especificamente para Jogos Rio 2016, e não possui precedente no Brasil. A novidade possibilitou a realização de um grande volume de consultas em curto espaço de tempo, bem como o fortalecimento dos laços de cooperação entre agências de inteligência nacionais e estrangeiras.
Ao todo, foram realizadas pesquisas referentes a 799.455 candidatos, dos quais 20.496 foram considerados “não recomendados”. Os motivos são variados, e incluem a existência de mandados de prisão em aberto, detecção de perfil violento, histórico de crimes sexuais e ligação com organizações criminosas.
“A integração entre diferentes instituições é sem dúvida o maior legado dos Jogos Rio 2016 para população na área da segurança pública”, sustenta o titular da SESGE/MJC, Andrei Rodrigues. “O reconhecido sucesso da operação de segurança dos grandes eventos é prova da importância dessa integração”, complementa.
“Com o término dos Jogos Rio 2016, o Ministério da Justiça e Cidadania pretende adaptar a metodologia de realização de pesquisas de segurança para aplicação em outros cenários da segurança pública, de forma a consolidar essa ferramenta de prevenção da criminalidade”, prevê o secretário Andrei Rodrigues.