Política

Folha de S. Paulo "acusa" Trad de ser funcionário fantasma

27 OUT 2016 • POR Da redação com Folha de São Paulo • 09h39

Em reportagem da Folha de São Paulo divulgada nesta quinta-feira (27), o candidato à Prefeitura de Campo Grande e líder nas pesquisas, Marquinhos Trad (PSD), foi acusado de receber da Assembleia Legislativa enquanto vereador de Campo Grande, em 2005.

De acordo com a matéria, o jornal teve acesso à documentos que contrariam a versão do deputado de que nunca teria recebido duas remunerações em cargos públicos. Contracheques e um documento fiscal mostram que, ao menos durante o ano de 2005, Trad recebeu da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal.

Em 1986, aos 22 anos, Trad ganhou um cargo no gabinete do pai, o deputado estadual Nelson Trad, que morreu em 2011. Cinco anos depois foi promovido a assessor jurídico da Casa. Já em 2004, o candidato se elegeu vereador mas não saiu dos quadros da Assembleia. 

A reportagem ainda especifica os valores recebidos: 

"Os documentos mostram que o candidato acumulou salários das duas Casas legislativas. Em 2005, ele recebeu R$ 19.272,64 como funcionário da Assembleia e R$ 156.750,00 de salário anual de vereador.

Em janeiro de 2005, quando assumiu como vereador, Trad recebeu salário de R$ 9.500. No mesmo mês, recebeu da Assembleia pagamento de R$ 1.536,80.

No último mês daquele ano o então vereador somou os R$ 9.500 da Câmara com R$ 1.719,51 da Assembleia. Em setembro de 2006, foram R$ 2.068,70 da Assembleia e R$ 9.500 da Câmara."

Em 2007, Trad foi alvo de uma investigação do Ministério Público do Estado por suspeita do crime, mas a investigação foi arquivada. O candidato, que lidera com 50% das intenções de voto em Campo Grande, negou todas as acusações e afirmou à Folha de São Paulo que nunca recebeu sem trabalhar.