Depois de quatro quedas, inflação na Capital aumenta em outubro
Motivado pelo grupo Transportes, Índice de Preços ao Consumidor fechou em 0,33%
14 NOV 2016 • POR Assessoria de Imprensa • 14h44Em outubro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) fechou em 0,33%, uma alta de 0,07% comparada ao mês de setembro, quando ficou em 0,26%. No comparativo entre a série histórica dos meses de outubro, é a menor taxa desde 2006. O indicador também é 0,64% inferior ao registrado em outubro do ano passado, quando chegou a 0,97%, segundo o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp, o que favoreceu a queda da inflação acumulada nos 12 meses.
De acordo com o coordenador do Núcleo, Celso Correia de Souza, os principais responsáveis pela inflação do mês passado foram os grupos: Transportes, com índice de 1,60% e contribuição de 0,13%; Vestuário, com alta 1,21% e colaboração de 0,10%; Habitação, com 0,11% e contribuição de 0,04%; e Despesas Pessoais, com 0,39% e participação de 0,04%). Já o grupo Educação contribuiu para segurar a inflação, com índice de -1% e contribuição de -0,01%.
“A alta do combustível etanol pesou no índice de outubro, mas ainda assim as perspectivas da inflação para os próximos meses são boas, pois temos registrado um comportamento de percentuais mais baixos que as variações mensais do ano passado. Com a melhora do clima, que tem favorecido a produção de cereais, hortifrutícolas e leite, baixando seus preços, a tendência é que o grupo Alimentação não aumente em grandes proporções nos próximos meses e ajude a segurar o índice inflacionário até dezembro. Poderá haver alta, porém, não de grande impacto”, analisa Celso.
Acumulado
Houve redução de 8,99% (setembro) para 8,30% da inflação acumulada nos últimos doze meses, mas ainda está acima do teto de 6,5% e do centro de 4,5% das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O pesquisador da Uniderp também contextualiza que “mesmo com redução, a inflação acumulada de 2016 não deve atingir o teto da meta, como é esperado pelo governo, de 6,5%, pois, a queda está muito lenta”, explica Celso. Nos últimos 12 meses os maiores índices acumulados por grupo foram: Alimentação (13,43%), Educação (10,23%) e Despesas Pessoais (9,19%).
No acumulado de 2016, a inflação já atinge 6,19%, ultrapassando o centro da meta do Conselho Monetário Nacional . Registraram os maiores índices nesse período: Educação (10,02%), Alimentação (7,71%), Despesas Pessoais (7,96%) e Saúde(7,13%). “Percebe-se, que a inflação tem impactado com mais força as classes de menor poder aquisitivo, que priorizam a alimentação nesse período de dificuldade”, complementa o professor.