Brasil

Polícia usa a internet para desvendar crimes em Mato Grosso do Sul

29 JUL 2011 • POR Reprodução/TV Morena • 18h27
Anúncio na internet de artefato encontrado em canteiro de obra

A internet se transformou em uma importante ferramenta para investigações policiais em Mato Grosso do Sul. Nos últimos anos, segundo informações divulgadas pela Polícia Civil nesta quinta-feira (28), vários crimes foram descobertos ou solucionados no estado a partir de vídeos, conversas e até anúncios publicados no mundo virtual.

De acordo com o delegado Mario Nomoto, a internet é um meio democrático de comunicação, que tanto pode ser utilizada para facilitar as investigações, como vem ocorrendo, como também pode dificultar o trabalho policial.

Um exemplo do uso da internet pelas forças de segurança pública ocorreu nesta semana em Campo Grande. Segundo a Polícia Federal, foi a partir de um site de relacionamentos que agentes descobriram que uma loja da cidade criava animais exóticos ilegalmente.

As imagens foram colocados na rede por um funcionário do estabelecimento, que não sabia que era crime ambiental. Na loja, conforme a PF, foram apreendidos 26 tartarugas e três patos. O proprietário foi multado em R$ 10 mil.

Outro caso em que a Polícia Federal utilizou a rede mundial como instrumento de investigação no estado foi o de um achado arqueológico. Em abril deste ano um funcionário de uma obra em Campo Grande encontrou um machado de pedra polida.

O artefato, segundo a PF, foi anunciado para venda em um site da internet pelo valor de R$ 50 mil. Agentes tiveram acesso ao anúncio e a pedra histórica foi recuperada. O homem que tentava vender o objeto foi indiciado criminalmente.

"O que nós vemos nestes dois casos é inocência na publicidade desses atos criminosos. As pessoas divulgaram na internet sem a consciência de estar cometendo um ato ilícito", comenta o delegado Mario Nomoto.

Entretanto, de acordo com a Polícia Civil, não são apenas crimes leves que aparecem na internet. A rede mundial de computadores já foi utilizada como ferramenta nas ações da unidade para apreender armas de fogo e até na investigação de um assassino em série que aterrorizou a cidade de Rio Brilhante, a 150 quilômetros de Campo Grande.

Segundo a Polícia Civil, foi por um site de relacionamento que foram reunidas provas contra o jovem de 16 anos que assassinou três pessoas na cidade, e que ficou conhecido como o 'Maníaco da Cruz'. O adolescente mantinha conversas com um grupo de amigos que cultuava a morte pela página na internet.

A Polícia Civil aponta ainda que foi em um site que a delegada da infância e juventude de Campo Grande descobriu uma criança e adolescentes fumando 'narguile' e se exibindo com armas de fogo. Na investigação do caso, uma mulher foi presa, acusada de corrupção de menores.

Outro caso citado é o da investigação da Polícia Federal sobre safáris no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Segundo a unidade, um site europeu teria até vendido pacotes de caça a onça na região. Agentes apreenderam em uma propriedade onde teria ocorrido a matança, 12 armas, muita munição, galhadas de veado, couro de sucuri e ainda instrumentos utilizados para imitar o esturro da onça, um rosnado que atrai animais da mesma espécie.

Com nformações do G1 MS.