Presidente do TJ diz que repudia ação da OAB no caso de empresário morto
Ele acusou o presidente da entidade e ter interesse de "projeção pessoal"
5 JAN 2017 • POR Liziane Berrocal • 15h44Nota atrás de nota, agora além da OAB-MS, da Adepol, da Amansul e da Apras-MS o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul por meio do desembargador João Maria Lós que nada mais é que o presidente do judiciário no Estado, emitiu nota de repúdio contra a Ordem dos Advogados pela segunda nota publicada pela entidade, após a Amansul também ter publicado nota de repúdio em relação a primeira nota da OAB que representava contra o Juiz que concedeu liberdade do policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, que matou a tiros o empresário Adriano Correia do Nascimento na madrugada do dia 31 de dezembro após uma discussão de trânsito.
Agora, o desembargador João Maria Lós, veio a público “manifestar seu repúdio, perplexidade e estupefação com o oportunista comportamento da atual Presidência da OAB/MS, que, descabida e indevidamente, emite notas criticando a atividade jurisdicional do magistrado responsável pelo fato”, já que para ele “descabe à OAB/MS, fiscalizar atos jurisdicionais do Poder Judiciário, principalmente quando, sequer, tem legitimidade para intervir no processo”, afirmou Lós dizendo-se entristecido com o fato de que o presidente da entidade Mansour Karmouche teria se vangloriado de “que fora a entidade a responsável pela mudança de entendimento do ilustre e culto Magistrado, desconsiderando os mais comezinhos princípios de atividade jurisdicional”.
Lós pontuou que a administração dele sempre buscou manter um relacionamento respeitoso e de alto nível com a entidade de classe em questão “inclusive prestigiando, em diversas ocasiões, reuniões de Colégio de Presidentes. Lamentavelmente, o interesse de projeção pessoal perante a sua classe e à sociedade, o fez cometer as desatinadas notas e pronunciamentos, desconsiderando que os fatos envolvem uma tragédia humana de graves proporções”, afirmou repudiando o “tal comportamento”.
Antes disso a Associação dos Delegados de Polícia já havia emitido nota por terem “julgado” a delegada responsável pelo caso, a Associação de Praças da Polícia Militar também, a Associação de Magistrados de Mato Grosso do Sul idem e a OAB mais uma nota.
O MPE (Ministério Público Estadual) pediu a prisão do assassino que ao apresentar novas provas conseguiu convencer o Juiz José de Andrade Neto, que afirmou não “ter voltado atrás na decisão”, mas que viu novos elementos e por isso pediu a prisão.
A família da vítima, ainda não emitiu nota sobre essas notas todas.