Desafio: com muitas obras paradas, prefeito terá que correr contra o tempo
Quase meio bilhão pode ser perdido em recursos federais e Marquinho tem mais um desafio a superar
5 JAN 2017 • POR Gerciane Alves e Liziane Berrocal • 17h06
Já falamos dos buracos pela cidade, do caos na saúde pública e dos salários de funcionários municipais atrasados, na quinta matéria da série “Desafios” iniciada na segunda-feira, vamos abordar as obras paradas em Campo Grande. Marquinhos Trad terá um longo trabalho pela frente para conseguir retomar as obras de UBSFs (Unidades Básicas de Saúde), Ceinfs e várias obras de revitalização paradas desde 2012.
Em maio do ano passado o então prefeito Alcides Bernal chegou a anunciar que retomaria várias obras paradas com o investimento de R$ 45 milhões. Na ocasião ele ainda garantiu que algumas seriam inauguradas até o fim de junho, outras até o fim do ano e o restante em 2017. Mas isso ficou só na promessa. O ano passou, seu mandato acabou e as obras continuam do mesmo jeito.
Segundo anunciado por Marquinhos Trad em dezembro de 2016, Campo Grande tem R$ 498 milhões em obras paradas cujos recursos já haviam sido garantidos pelo governo federal. São projetos que incluem pavimentação, mobilidade urbana e obras de infraestrutura, entre outros.
Como se isso já não fosse o suficiente, ainda tem mais problemas. O município está com a certidão negativa junto à Previdência Social, o que também impede o recebimento de verbas federais. Além disso, a prefeitura ainda corre o risco de perder os recursos que não foram aplicados, pois, o dinheiro é liberado pela Caixa Econômica, conforme o andamento da obra. Se as construções ficam paralisadas, a verba pode voltar para o Ministério das Cidades
Em uma pequena lista na qual o JD1 Notícias teve acesso constam construções de escolas, unidades de saúde, e Ceinfs, avaliadas em R$3 milhões paradas pela cidade. Como exemplo temos a construção dos Ceinfs do Nashiville, Serraville e Moreninhas II, que juntos soma mais de R$ 7 milhões e estão entregues ao tempo.
A construção do macroanel rodoviário de Campo Grande, setor norte, no trecho compreendido entre a saída para Rochedo e Rochedinho avaliado em mais de R$ 27 milhões e o fundo de vale dos córregos Bálsamo avaliado em R$ 33 milhões também constam na lista.