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Série Empreendedor: ter consultoria do Sebrae pode custar quase nada

Nossa série estreia com o superintendente regional falando sobre crise, capacitação e concorrência

20 JAN 2017 • POR Liziane Berrocal e João Gabriel Vilalba • 11h50

Empreender e crescer é o sonho de muitos brasileiros. E em Mato Grosso do Sul, de microempreendedores a prefeitos, em vários segmentos, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) oferece a chance de conhecimento.

O JD1 Notícia oferece agora aos seus leitores a série: “Empreendedor”, onde mostraremos as histórias de quem resolveu crescer por meio do empreendimento. A nossa estreia será nada menos do que com o superintendente do Sebrae-MS, Claudio Mendonça.

E ele, inicia a série de reportagens falando sobre empreendimentos públicos. Isso mesmo. Sabia que as prefeituras tem um espaço aberto a um custo baixíssimo para que gestores possam ser orientados no Sebrae?

A boa notícia é que atualmente um grande número de prefeitos tem procurado a sede do Sebrae neste início do ano. Segundo Mendonça, a proposta é sentar com as prefeituras é criar um ambiente favorável ao pequeno negócio, que vai desde a implementação da rede com a ajuda de algumas instituições, como o Corpo de Bombeiros, para facilita o empresário o abrir uma empresa no município. Até o momento são 22 cidades participantes.

Entenda o processo

Mendonça explica que o processo é reconhecer o ambiente e nomear pessoas capacitadas que possam entender o processo. Essa pessoa poderá ser um colaborador da prefeitura, onde iremos capacitar e ensina-lo como realizar parceria entre a empresas. Segundo ele, essa linha será essencial para chegar aos empresários que é o foco do Sebrae.

“Com ajuda da Associação comercial e a prefeitura, o Sebrae irá realizar uma parceria com a prefeitura, onde iremos criar um cronograma de divulgação de palestras e cursos para ajudar o empresário”, aponta.

Apesar do momento a palavra mais ouvida ser crise, a busca será sempre por caminhos para sobrevivência do empresário. “Esse é o direcionamento da instituição é ajudar as empresas e abrir oportunidades para sobreviver. O momento atual é de muito trabalho, o empresário tem que se dedicar e analisar friamente o custo de caixa e tentar inovar seu modelo de atendimento”, analisa.

E há exemplos práticos. “ Um exemplo, vamos comentar de um petshop. A empresa já busca o cão em casa e se programa para que isso ocorra. Será que ele não poderia buscar outros cães no mesmo local? É um exemplo simples, mas pensando no custo e no ganho de lucro”, exemplifica como estratégia.

Ainda assim, com a experiência que tem em empreendedorismo, ele diz que é preciso ter cautela, sem deixar de encarar que há uma crise. “Tem que ter cautela e o empresário não pode se esconder atrás da crise. Ele tem que ir pensando em uma nova divulgação e também analisar o custo do produto no mercado”.

Capacitação de funcionários

Um dos grandes gargalos – e com maior índice de reclamações em especial nas redes sociais, é a qualidade do atendimento. E esse é um dos motes também pensados pela entidade. De acordo com o Superintendente, há um trabalho voltado para a capacitação do novo empresário, onde também se qualifica o trabalhador da empresa. “Hoje qualquer investimento no empresário é complicado, as empresas estão enxugando a sua folha. Mas ele tem que pensar grande, mesmo em crise ele precisa investir e sabe que essa mudança pode mudar seu empreendimento.

Segundo Mendonça, isso é um fator para diferenciar as empresas e fidelizar os clientes.

“Vamos colocar um exemplo de abrir duas farmácias no mesmo quarteirão. Porque uma deu certa e a outra não? Isso é atendimento, é capacitar seus funcionários”, acredita.

Pensando no melhor da empresa, Mendonça comenta uma facilidade para o empreendedor contratar um especialista para analisar seus negócios “Investimento hoje da empresa é fazer diversos cursos de qualificação. O empresário não tem muito tempo para estudar devido ao trabalho, então estamos com ideias de expandir curso pela internet, e depois realizar uma fazer uma consultoria em seus negócios” relata o superintendente regional.

As pequenas empresas de Campo Grande ter uma consultoria é alto o custo?

É aí que muitos se enganam, já que dependendo da consultoria não terá nenhum custo a empresa. “A intenção do Sebrae é realizar uma parceria a custo zero com o Governo do Estado, entendendo o momento do empreendedor a tentar melhorar os seus investimentos. Sou muito favorável quando o Estado oferece investimento a uma empresa, isso é de grande benefício próprio estado”.

Porém o empresário tem que entender qual é o investimento da prefeitura?

E nisso surgem questionamentos que muitos podem levantar, como por exemplo vai analisar o comércio das Moreninhas, do bairro Nova Lima, quantos empregos têm ali? Vamos olhar para a rua Divisão. Qual é o incentivo da prefeitura naquele local?

“A nossa intenção é ajudar o empresário, atrair o cliente e fazer a roda girar”, comenta Mendonça, que vê a democratização do desenvolvimento como fator importante. Pensando em popularizar o desenvolvimento, ele cita o exemplo do município de Três Lagoas, que investiu em empresas, mas tem que ter cautela no momento de analisar o mercado regional.

“Sobre Três Lagoas temos que analisar quem está investindo emprego naquela região? Temos um exemplo o frigorifico JBS, que exporta e importa carnes para todo santo do país. Caso o caminhoneiro tenha seus prejuízos, quem irá bancar? A intenção do Se é fornecer o melhor serviço, com o valor baixo”, comentou.

E quem quiser saber mais, pode procurar o Sebrae-MS pelo número 0800 570 0800 e na Capital o endereço físico é  na Avenida Mato Grosso, 1661, Centro. Mais informações podem ser obtidas também pelo site http://www.sebrae.com.br .

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