Mesmo sendo grave, caso de jovem ferido com compressor não será tratado como tentativa de homicídio
O caso está sendo tratado como lesão corporal de natureza grave, podendo evoluir para gravíssima
6 FEV 2017 • POR Gerciane Alves • 18h16Durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (6) o delegado titular da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto ao ser indagado sobre um possível pedido de prisão temporária explicou que para que o pedido seja feito existem alguns requisitos. Tentar atrapalhar as investigações, se aproximar da família de uma forma a coagir as testemunhas ou mesmo colocar em risco a vida de outras pessoas. Nada disso tem acontecido, por isso por enquanto não há previsão de pedido de prisão.
O delegado também destacou que o caso está sendo tratado como lesão corporal de natureza grave, podendo evoluir para gravíssima. Mesmo com o pedido da defesa para fazer com que o caso seja tratado como tentativa de homicídio o delegado explica que polícia ainda não encontrou indícios que possam dizer que o dono do lava-jato e o funcionário queriam causar a morte do adolescente.
Lauretto disse que ainda há muitos pontos a serem esclarecidos, um deles são as versões apresentadas por familiares sobre como a ação ocorreu. A mãe e irmão da vítima contam que o adolescente teve o short tirado para então ter a mangueira introduzida no ânus, já os suspeitos dizem que a mangueira de ar foi acionada por cima do short do garoto.
Mesmo que as investigações sobre o caso ainda estejam em fase inicial, já é possível concluir que ele sofria bullying com frequência no local de trabalho. A própria mãe do adolescente salienta que brincadeiras de mau gosto sempre eram feitas com ele.
“A polícia ainda está se inteirando sobre o caso, mas já concluiu preliminarmente que o jovem já vinha sofrendo bullying no trabalho”, diz Lauretto. Mas o delegado pondera que esta teria sido só mais uma brincadeira de mau gosto aplicada pelos colegas de trabalho da vítima, uma brincadeira onde não previram as consequências.
Nesta tarde a mãe e irmão da vítima, e a sogra e cunhado de um dos suspeitos foram ouvidos. Nos próximos dias, segundo o delegado, uma perícia será feita do lava-jato que está fechado desde o ocorrido.