Atraso nos repasses e solicitação de Sesau motivam restrição no atendimento
10 FEV 2017 • POR Assessoria de Imprensa • 12h00A Santa Casa de Campo Grande provocou uma reunião no final da tarde desta quinta-feira (9) com representantes do segmento de saúde da Capital para comunicar a decisão de restringir os atendimentos no Pronto Socorro do hospital por conta do atraso no repasse de verbas por parte da Prefeitura.
A partir de amanhã (10), só serão atendidos casos de urgência e emergência no local. Os demais casos serão atendidos apenas com regulação atendendo solicitação feita por ofício pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) no qual requer que o atendimento seja restringido apenas aos casos regulados pelos órgãos de saúde municipal e estadual.
Além de boa parte do repasse mensal, referente aos serviços prestados no mês anterior, o hospital tem ainda cerca de R$ 11 milhões a receber por serviços prestados ao SUS antes de janeiro.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Campo Grande, Sebastião de Campos, se mostrou surpreso com a situação. “Vamos buscar junto ao conselho, diminuir os desgastes da Santa Casa. Ficamos surpresos em saber da falta de repasse. Iremos apurar os fatos sobre a falta desses recursos”, lamenta.
A promotora da saúde, Dra. Filomena Fluminhan, lamentou a regularidade com que tem que ficar intervindo junto às administrações municipais em favor do bom andamento dos serviços públicos de saúde. “Uma pena não contarmos com a presença de representantes do gestor, que é a Prefeitura, pois situações como esta precisam de soluções duradouras, e não a cada mês uma nova luta”, disse.
A promotora também adiantou que irá convocar as instituições relacionadas à contratualização dos serviços do hospital a se reunirem na próxima semana para discutir o caso. “Foram três meses de prorrogação solicitados pelo Município antes de revermos o contrato e isto finda em 28 de fevereiro. Não vamos esperar vencer para começar do zero as discussões”, avisou.
O presidente da ABCG-Santa Casa, Esacheu Nascimento, manifestou insatisfação com esta eterna luta para receber dos gestores os valores devidos ao hospital. “Gastamos muita energia administrando esta busca permanente de cobertura dos déficits impostos ao hospital pelo Sistema”, finalizou.