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Familiares protestam por morte de menino violentado em Lava Jato

Protesto ainda é tímido, mas aos poucos mais pessoas vão chegando

18 FEV 2017 • POR Da redação • 10h58

A movimentação ainda é pequena, mas aos poucos familiares e amigos do adolescente Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, que morreu após ser vítima de uma ‘brincadeira’ de mau gosto no Lava jato onde trabalhava, estão chegando na Praça Ary Coelho,  onde farão um protesto pedindo justiça.

Com placas com frases como “Não foi brincadeira, foi crime”, “Aonde está os direitos humanos nessa hora” e “Justiça pelo amor de Deus”, os manifestantes, que fizeram questão de ir com roupas pretas em sinal de luto, se dividem entre a praça e o sinaleiros da Avenida Afonso Pena.

Nas imagens registradas pelo tio do adolescente Elsom Ferreira Silva e publicad em sue perfil pessoal no Facebook, é possível ver a mãe do adolescente chorando e sendo amparada por familiares. De acordo com Elsom ela tem sofrido muito. “Ela chora a todo momento, parece que não caiu a ficha ainda. Ela conversa com a gente e com a imprensa numa boa e de repente parece que surta e começa a chorar”, diz.
A manifestação na praça deve durar até próximo das 11 horas, segundo Elsom.

Relembre o caso

Wesner foi internado as pressas no dia 3 de fevereiro após o patrão e um colega de trabalho fazerem uma “brincadeira” com uma mangueira de compressor de ar, que atingiu o ânus e acabou entrando ar no corpo do adolescente. Após ser levado para a Santa Casa da Capital, ele teve que ser submetido a uma cirurgia para retirada de 20 centímetros do intestino. 

O caso chocou a Capital, já que os suspeitos Thiago Giovani Demarco Sena e Willian Larrea trabalhavam com o jovem no lava-jato. A situação que foi tratada por eles como uma brincadeira, virou caso de polícia e a família está bastante apreensiva. 

O adolescente ficou onze dias internado na Santa Casa de Campo Grande, mas morreu na tarde de terça-feira (14). De acordo com a assessoria do hospital, a causa da morte foi choque hipovolêmico, que é a perda de grandes quantidades de sangue e líquidos, seguido de uma parada cardiorrespiratória. Os médicos ainda tentaram reanimá-lo durante 45 minutos, mas o adolescente não resistiu.