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Lembrando de supostos ataques do Chupacabra, sociólogo explica a ‘aparição’ de Lobisomem em MS

Segundo o sociólogo eles existem porque nós acreditamos

21 FEV 2017 • POR Gerciane Alves • 16h02

Após uma suposta aparição de um Lobisomem no município de Iguatemi, a 466 quilômetros de Campo Grande, o JD1 Notícias procurou o sociólogo Paulo Cabral que explicou um pouco sobre a crença nesses e outros seres lendários da cultura brasileira. Segundo o sociólogo eles existem porque nós acreditamos.

Há quem acredite que ele existe e há aqueles que têm certeza de que Lobisomem só é mais uma lenda. E é exatamente isso, o crer ou não, que define sua existência. “Se o Lobisomem está no imaginário dessa população, como o Chupacabra estava há alguns anos e outras coisas do gênero, ele efetivamente existe. A partir do momento que elas acreditam que ele existe, ele passa a ter uma existência. E eles acreditam tanto que saem caçando”, explica o sociólogo.

De acordo com Paulo Cabral essas crenças fazem parte da nossa cultura, que segundo ele é uma construção humana que comporta tudo. “Nesse universo existem figuras lendárias e tudo é uma questão de crença. As pessoas constroem as crenças de acordo com sua interpretação e necessidade”, salienta.

Sobre o episódio no município de Iguatemi, o sociólogo lembrou-se dos casos das supostas aparições do Chupacabra, uma criatura que seria responsável por ataques a animais rurais há alguns anos, muitas pessoas acreditavam na existência desse animal, mas nunca ninguém conseguiu provar. Porém o sociólogo ressalta que a crença não precisa de comprovação. “As pessoas acreditam em Deus, mas ninguém nunca deu conta de provar sua existência”, conclui.

Caçada ao Lobisomem

A Polícia Militar foi acionada na madrugada desta terça-feira (21) por moradores do bairro Jardim Valoszek Konrad, em Iguatemi, que relataram terem avistado um animal de corpo estranho, semelhante a um lobisomem, por volta da meia-noite.

Imediatamente uma equipe da PM se deslocou para o local, onde várias pessoas empunhavam pedaços de madeira e foice, dizendo estar na captura do suposto lobisomem, que cruzou pelo bairro, chegando a atacar um veículo que passava pela região, e depois entrou em um matagal próximo.

A PM iniciou buscas pela região, mas não localizou a "criatura".