Opinião

A Capital de Volta ao Passado

22 ABR 2017 • POR Alicio Mendes • 09h30

Parece que estamos a voltar ao passado, quando aqui se respirava a tão almejada harmonia entre os Poderes e o respeito ao Cidadão e as Instituições. Campo Grande sempre foi uma cidade moderna e feliz, onde seus mandatários e seu povo com mútuo respeito faziam do seu dia a dia, o caminho para transforma’-La num fantástico lugar para se viver.

Entretanto, nos últimos anos, lamentavelmente uma discórdia generalizada tomou conta da vida pública de nossa cidade que passou a sofrer consequências desastrosas, e na rabeira dessas desavenças ficou a população, desassistida em serviços essenciais , assistindo aos embates entre os poderosos ávidos por holofotes, mas completamente alheios e esquecidos de seus compromissos. 

Vivemos um caos ao meio de desculpas e transferências de responsabilidades, onde ninguém decidia sobre o que tinha de ser decidido, para propiciar o bem comum, e durante quatro tristes anos nos obrigamos a conviver e viver numa casa desarrumada, mal cuidada, decadente e deteriorada. 

Um governo de falácia onde o planejamento era o ponto alto do discurso. Só se falava em planejamento e  planejaram tanto que não sobrou tempo para executar o planejado e Campo Grande mergulhou no vazio para chegar à completa carência em todos os setores da vida pública. As mudanças pretendidas e prometidas vieram em forma de completo abando, de completo descaso, até mesmo com as coisas minimamente básicas.

Nossas ruas e avenidas antes bem cuidadas se encheram de verdadeiras armadilhas se transformando num martírio para seus usuários, e em muitos locais se tornando intransitáveis, a despeito dos elevados tributos cobrados. A Cidade Morena ficou pálida, anêmica com sua população  doente,  sem assistência e sem remédio. Suas crianças sem creches, sem uniformes e voltando pra casa sem merenda, lá de quando em vez, comendo salsicha, enquanto os milhões de recursos eram empregados não se sabe onde, e até hoje, sem ninguém com disposição para descobrir  aonde  e se foram aplicados.  Parece ter ficado tudo por isso mesmo. Mas o eleitor descobriu que as mudanças não deram certo e então resolveu não trocar o certo pelo duvidoso e acreditar em pessoas que ao longo do tempo vem demonstrando ter compromissos de se doar para aquilo que se depuseram a fazer em suas carreiras.

Campo Grande atravessa ainda sérias dificuldades, com muitas feridas para serem tratadas, mas sente-se que poderemos contar com mãos solidarias e capazes de curá-las e então respirar novos ares em busca de recuperar o tempo perdido. Será apenas uma questão  de um pouco de paciência. A atmosfera política na nossa Capital voltou a ser amistosa e mais familiar e a confiança em suas Instituições será restaurada. Nada mais enobrece o homem do que o trabalho e o ORGULHO MORENO haverá de prevalecer e se certificará que ninguém melhor que os seus filhos  serão mais fieis para lutar pela sua cidade e por seus irmãos, e que daqui para frente, os cuidados deverão ser redobrados para evitar o canto da sereia entoado por eloquentes aventureiros chegados de outras bandas mas  que ainda não conseguiram amar e respeitar essa querida Cidade que paradoxalmente a todos recebe de braços abertos.