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Trabalhadores do Correios entram em greve por tempo indeterminado

A paralisação é contra demissões, fechamento de agências e privatização

26 ABR 2017 • POR F. P. • 10h11
Reprodução

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos entram em greve por tempo indeterminado a partir das 22h desta quarta-feira (26), em Campo Grande. A paralisação faz parte de mobilização nacional contra o fechamento de agências, demissões em massa, privatização e segurança dos funcionários. 

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul (Sintect-MS), Elaine Regina de Souza Oliveira, no início do ano a diretoria do Correios falava no fechamento de 250 agências em todo o Brasil, atualmente esse número chega a 3 mil agências. 

Em Mato Grosso do Sul cinco agências do Correios foram fechadas, três em Campo Grande, uma em Dourados e uma em Corumbá. Além das agências fechadas, em março desta ano, o Sintect-MS denunciou o fechamento de mais duas agências nos distritos de Nova Casa Verde e Anhanduí.

“Nós conseguimos reverter essa situação e manter as agências nesses distritos. O fechamos dessas unidades iria prejudicar a população que além prejudicar o serviço postal não teria acesso a serviços oferecidos pelo Correios, como pagamento de benefícios do INSS, aposentadorias e serviços bancários”, explica a presidente do sindicato.

As ameaças de demissões também estão na pauta das reivindicações da greve. Segundo a presidente do Sindicato, a diretoria dos Correios fala em demitir de 15 a 20 mil trabalhadores para cortar gastos. Além da privatização dos Correios. “Por um lado temos, internamente, o ataque da direção dos Correios e do governo Temer, sobre a movimentação visando a privatização dos Correios, que vai precarizar o serviço prestado”. 

O Sintect-MS também definiu a participação na Greve Geral contra as Reformas do Governo na próxima sexta-feira (28). “Temos o ataque do governo a todos os trabalhadores através da reforma da Previdência, que acaba com a aposentadoria, e aos direitos trabalhistas, com a reforma que visa acabar com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas)”, afirma a presidente ao defender a unificação da mobilização no dia 28. 

A adesão a greve deliberada durante assembleia do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul (Sintect-MS), na noite desta terça-feira (25).