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De frigorífico a obras, veja envolvidos em esquema de proprina no governo Puccinelli

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta a operação “Lama Asfaltica-Máquina de Lama

11 MAI 2017 • POR Mauro Silva • 17h29

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta quinta-feira (11) a operação “Lama Asfaltica-Máquina de Lama". Os agentes foram ás ruas para cumprir 33 mandados de busca e apreensão 9 prisões e 3 conduções coercitivas e sequestros de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. As medidas foram cumpridas em Campo Grande, Nioaque, Porto Murtinho, Três Lagoas, São Paulo (SP) e Curitiba (PR).

A operação contou com a colaboração de 28 auditores da CGU (Controladoria Geral da União), além de equipes dos demais órgãos. Os nomes apontados pelas investigações envolvidos no esquema são: André Puccinlei, André Puccineli Júnior, Jodascil Gonçalves Lopes, Mirched Jafar Júnior, André Case Júnior. 
A PF apontou desvio de verba na construção do Aquário do Pantanal em R$ 2 milhões, também revelou irregularidades nas obras de rodovias estaduais como a MS 040, 295 e 180, entregues no fim de 2014.

A concessionária de águas e esgoto e saneamento básico de Campo Grande, Águas Guariroba, também está envolvida nas fraudes. Conforme os investigadores a concessionária comprou livros jurídicos do filho do ex-governador, Puccineli Júnior. Foram mais de três mil livros no valor de R$ 300 mil segundo o inquérito da polícia. 

A Gráfica Alvorada, outra envolvida no esquema, é acusada de ter contratos com André com livros que foram comprados, mas não foram usados. O grupo JBS também faz parte do esquema, segundo o delegado da polícia Federal, Cleo Mazzotti, a empresa, do ramo alimentício, alugava máquinas para construção de estradas, mas não atuava na área. Segundo o delegado a prática servia para lavar dinheiro de propina.

Tornozeleira

André Puccinelli foi conduzido coercitivamente na manhã de hoje até a sede da Polícia Federal e depois para o Patronato Penitenciário de Campo Grande localizado na Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do Mato Grosso do Sul), onde esteve para a colocação de uma tornozeleira eletrônica.

Segundo a PF, foi solicitada a prisão preventiva do ex-governador, mas a Justiça entendeu que a medida não era necessária e determinou a aplicação de medida restritiva com a tornozeleira. Ele terá seus passos monitorados 24h por dia e não poderá sair de casa depois das 21h.