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Juiz "truca" e acaba com greve dos médicos

Juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública de Registros aumentou multa por dia paralisado

30 JUN 2017 • POR • 11h32
Reprodução/ TRE-MS

Após reunião com a Prefeitura e o juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública de Registros, Eduardo Neder Meneguelli, manter a suspensão da greve e aumentar a multa por dia paralisado de R$ 10 mil para R$ 100 mil, os médicos da Rede Municipal encerraram a greve na tarde desta quinta-feira (29)

A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS) realizada ontem. Segundo o Sinmed-MS, os médicos encerraram a paralisação pois houve a retomada do diálogo entre a Prefeitura e as categorias da saúde.

Houveram alguns fatos que ajudaram no fim do movimento, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, se comprometeu a dar uma resposta definitiva as reivindicações das categorias. Ficou acordado que as propostas encaminhadas pelas entidades serão reavaliadas e na próxima segunda-feira (03.07) deverá sair a decisão definitiva, em reunião, às 17 horas, no Paço Municipal.

“Vamos rever as incorporações através de planilha técnica para oferecer novos números e saber o impacto que isso terá para a prefeitura, já que não vamos ultrapassar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal”, justifica o prefeito.

Um outro evento porém, foi decisivo e "amansou" o impeto da categoria de branco. Após  reunião entre a Prefeitura de Campo Grande e os profissionais da saúde na tarde desta quinta-feira (29), o juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública de Registros Eduardo Neder Meneguelli negou o pedido de reconsideração do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS) para garantir a legalidade da greve.

E mais que isso, Meneguelli ainda agravou a punição ao Sinmed-MS. O juiz determinou o acréscimo do valor da multa para o descumprimento da decisão de suspensão da greve de R$ 10 mil para R$ 100 mil por dia. 

Para garantir o pagamento de R$ 20 mil de multa dos dois dias de greve feitas ao arrepio da lei, o juiz determinou a apreensão do valor da multa em conta bancária do presidente do sindicato e caso não haja o dinheiro suficiente, o próprio carro do presidente do sindicato poderia ser apreendido.

Desacostumados com embates classistas, os médicos em sua curta paralisação, produziram fatos sui generis nesse tipo de movimento.Um deles chamou a atenção, a mobilização ocorrida na esquina da prefeitura, tinha manifestantes contratados, ou seja, os sindicalistas da classe, nem ir a rua defender o que reivindicavam o foram.

Jamais teriam disposição  entao, para um enfrentamento judicial, pois sequer um recurso contra a decisão de arresto de bens foi tentada.

A greve acabou, no primeiro "truco", ou melhor na decisão  ainda inicial do juiz Meneghelli.