Quadrilha de tráfico de drogas é alvo de Operação da PF
17 AGO 2017 • POR Da redação • 09h48Em ação de repressão ao tráfico de drogas, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (17), a Operação Bandeirantes, que mira em uma organização criminosa com alto poder financeiro.
A PF cumpre 37 mandados, sendo 19 mandados de prisão Preventiva, 16 mandados de busca e apreensão e dois mandados de condução coercitiva. As ações ocorrem no estado de Mato Grosso do Sul, nas cidades de Corumbá, Três Lagoas e Campo Grande, e no estado de São Paulo, na cidade de Suzano e na capital paulista. A investigação prevê ainda o sequestro e apreensão de bens e valores da organização criminosa.
A quadrilha acusada de atuar no tráfico transnacional de drogas contava com infraestrutura que incluía oficinas mecânicas, estacionamento, lava-jato, diversas residências, veículos de passeio, caminhonetes e caminhões.
De acordo com a PF, os integrantes do grupo criminoso não possuíam emprego ou atividade lícita que justificasse a riqueza ostentada. Uma das oficinas, por exemplo, não apresentava atividade contínua ou funcionários regulares, além de notadamente auxiliar na confecção de esconderijos e compartimentos em veículos que transportariam as drogas.
Segundo as investigações foram identificados mais de R$ 921 mil entre automóveis, caminhões e embarcações. E também foram confiscados US$ 25 mil (o equivalente a mais de R$ 81 mil na data da apreensão) que estavam sendo levados à Bolívia, possivelmente para integrar o pagamento de um próximo carregamento de drogas.
Durante seis meses de investigação, os policiais descobriram uma vasta rede de fornecedores, compradores, motoristas e “mulas”. Familiares e até um menor, filho de um casal membro do grupo investigado, foram recrutados para executar atividades ilícitas.
Neste período, foram realizadas quatro prisões e três apreensões de drogas enviadas pelo grupo, que totalizaram 354 kg de cocaína na forma de cloridrato. Na região sudeste, destino das remessas, o valor dos carregamentos somados poderia superar R$ 7 milhões. Como pagamento, a organização criminosa recebia valores em espécie em moeda nacional e estrangeira, além de veículos e embarcações que seriam negociados dentro e fora do território brasileiro.
Operação Bandeirantes
O termo bandeirante faz referência a um dos veículos utilitários usados pela organização criminosa para cruzar o Pantanal, na tentativa de driblar a fiscalização, sendo este o veículo que transportava a primeira carga apreendida, que deu início à operação.