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EUA confirmam que 16 americanos sofreram "ataque acústico" em Cuba

"Podemos confirmar que 16 membros da comunidade da embaixada sofreram algum tipo de sintoma", disse Heather Nauert

24 AGO 2017 • POR Agência Brasil • 18h13

O Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira (24) que 16 pessoas da "comunidade da embaixada americana" em Cuba sofreram sintomas após um suposto e misterioso "ataque acústico". Entre eles, estão tanto funcionários como familiares de empregados da representação diplomática americana em Havana. A informação é da EFE.

"Podemos confirmar que 16 membros da comunidade da embaixada sofreram algum tipo de sintoma e foram tratados em Cuba e nos EUA", indicou Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado, em uma coletiva de imprensa.

Nauert evitou comentar a condição médica destes americanos, apesar da emissora CBS ter noticiado esta semana que vários diplomatas americanos e canadenses em Cuba podem ter sofrido danos cerebrais devido ao estranho "ataque acústico".

Além disso, a porta-voz acrescentou que "algumas" destas pessoas ainda estão em Cuba enquanto outras já retornaram aos EUA, sem dar mais detalhes deste enigmático incidente. "Consideramos a situação extremamente séria (...) Não sabemos quem é o responsável, a investigação está em andamento", comentou Heather Nauert.

Em investigação

Por sua parte, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, se limitou a dizer em coletiva de imprensa que o presidente americano, Donald Trump, foi informado dos incidentes. O FBI (a Polícia Federal americana) e o governo cubano estão investigando os incidentes, que, segundo o Departamento de Estado dos EUA, aconteceram no final de 2016.

O governo americano não quis confirmar as informações da imprensa que apontam que os diplomatas foram vítimas de um "ataque acústico" com "dispositivos de som" que lhes teriam feito perder a capacidade auditiva.

Ainda que os EUA não culpem, por enquanto, o governo cubano de causar o incidente, decidiu expulsar em maio dois diplomatas da embaixada de Cuba em Washington por considerar que Havana não cumpriu adequadamente sua obrigação de proteger o pessoal americano na ilha.