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“Não houve vantagens ilícitas por qualquer membro da nossa equipe”, diz Claro

A declaração foi feita depois que o GAECO deflagrou a Operação Antivírus na sede do Detran

31 AGO 2017 • POR Da redação • 18h33
Ex-diretor do Detran/MS, Gerson Claro, se defende de acusações sobre a existência de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro dentro do órgão. As declarações foram feitas na tarde dessa quinta-feira (31) na sede da Governadoria, no Parque dos Poderes, durante coletiva de imprensa. 
 
“Não houve vantagnes ilícitas obtidas por qualquer membro da nossa da nossa equipe”, afirmou Gerson. 
 
As declarações de Gerson foram feitas depois que o GAECO/MS (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Antivírus na sede do Detran/MS na última terça-feira (29). 
 
A operação tinha como foco apurar a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com investigação que teve início em 2015 e tem como objeto contratos celebrados entre empresas da área
de tecnologia da informação/informática e o Poder Público Estadual.
 
“Quando assumimos o Detran verificamos que havia um contrato de prestação de serviço feito com a AAC/Intel. No contrato, de 2013, para o serviço de cinco anos, no valor de R$ 73 milhões, o custo individual para cada serviço era de R$ 133”, afirmou 
 
“Então não continuamos, em 2016. Então foi feito uma denúncia e concluímos que a empresa não poderia continuar o serviço, pois ela estava quarterizando o serviço e reincidimos o contrato” explicou Claro. 
 
De acordo com o ex-diretor do departamento de trânsito, este contrato é necessário para registrar os financiamentos que são feito nos bancos. Ao fazer a operação, de venda de veículo, a financiadora já comunica tudo em um sistema interligado direto ao Detran. 
 
Depois de reincidir o contrato, a diretoria do órgão, de acordo com a lei 866 no artigo 24, dispensou uma licitação e contratou outra empresa com um novo sistema de cadastro de vendas. Dessa forma foi contratado então um serviço no valor R$ 103, por documento,  uma econômica de 29,13% conforme Gerson.
 
O Contrato era para 180 dias por R$ 7 milhões, com a Pirâmida. Depois se encerra o contrato com a empresa e se inicia outra licitação. 
 
Nesse processo venceu a Master Case que ofereceu o valor de R$ 41 por contrato, para um ano de serviço, o valor do contrato de R$ 6 milhões. Coforme Gerson, o mais barato do Brasil.
 
“O Ministério Público está fazendo sua parte, respeito o trabalho dos promotores”, finaliza Gerson.
 
Gerson Claro pediu exoneração e não é mais diretor-presidente do Detran/MS.