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Acusado de matar família queimada é condenado a 135 anos de prisão

Ele matou seis membros da família inclusive duas menores

1 SET 2017 • POR Da redação com Assesoria • 13h05
Reprodução/ MPMS

Após 14 horas de julgamento, Edson da Silva de 33 anos, foi condenado a 135 anos de prisão em regime fechado, por matar as seis pessoas de sua família. 

As vítimas foram Rosângela dos Santos Arantes, 53 anos, sogra de Edson, sua companheiraVanusa Dos Santos Arantes, 27 anos, o cunhado Alessandro dos Santos Jerônimo, Thiago Gerônimo dos Santos seu enteado e duas menores uma sua filha com 10 meses e  a outra a enteada de 5 anos. O crime foi cometido mediante golpes de arma branca e, incêndio na residência, o que causou morte por asfixia.

Edson da Silva também roubou aproximadamente 50 mil reais em dinheiro, pertencente à sogra Rosângela dos Santos Arantes.

O julgamento foi realizado no Tribunal do Júri de Amambai. A acusação foi feita pelo Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça Luiz Eduardo Sant’Anna Pinheiro e pelo Promotor de Justiça Substituto Adriano Barrozo.

O MPE afirmou haver prova da material docrine e indícios suficientes da autoria, quanto aos homicídios, assim como as qualificadoras referentes ao motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de meio cruel. 

Quanto a vítima Rosangela dos Santos Arantes o MPE afirmou que, apesar do fato estar corretamente descrito na acusação, ocorreu erro quanto ao tipo penal, tratando-se de dois delitos distintos, especificamente o roubo e homicídio e não apenas de latrocínio.

A defesa de Edson pediu a absolvição e, caso não concedida, o afastamento da qualificadora referente ao motivo torpe.

O Júri, por maioria de votos declarados, reconheceu a materialidade e a autoria do acusado quanto à morte das vítimas. Além disso, reconheceu que o acusado cometeu o crime por motivo torpe, e que ele utilizou-se de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Caso

No dia 2 de maio de 2014, por volta das 8 horas, no centro de Coronel Sapucaia, Edson da Silva matou as seis vítimas. No dia dos fatos, Edson da Silva e Vanusa dos Santos Arantes iniciaram uma discussão, tendo em vista que ela teria o traído, enquanto Edson estava preso na cidade de Ponta Porã.

Conforme consta nos autos, Vanusa confessou a traição. A relação do casal era muito conturbada e Vanusa tinha, até pouco antes de sua morte, registrado cerca de seis ocorrências policiais contra o companheiro.

Diante dessa situação, Edson resolveu se vingar de Vanusa da pior forma possível, destruindo sua vida, bem como a eliminando a existência de todos os seus familiares.

Quando Vanusa adormeceu, armado com um pedaço de viga de madeira, Edson foi até a cama do casal e desferido um golpe contra a cabeça da esposa.

Ao perceber o barulho, a mãe da Vanusa, Rosângela, teria saído do quarto para ver o que estava ocorrendo, quando também acabou agredida com uma paulada na cabeça.

Fator semelhante aconteceu, com o cunhado do acusado, Alessandro, que teria sido atingido no braço e no pescoço pelo pedaço de madeira, vindo à exemplo das demais vítimas, ficar desacordado.