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Após constantes ameaças, agentes mudam rotinas da Máxima

A decisão aconteceu na manhã desta sexta - feira após o diretor do presídio sofrer ameças do PCC

15 SET 2017 • POR Da redação com assessoria • 15h11

Depois de constantes ameaças que os agentes penitenciários vêm sofrendo por membros do Primeiro Comando da Capital, a classe resolveu adotar novas medidas em protesto contra a ação dos criminosos. A decisão aconteceu na manhã desta sexta-feira (15) em reunião realisada pelos agentes na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. 

No início do ano passado cinco servidores sofreram uma tentativa de envenenamento, em seguida um servidor de Naviraí foi alvejado com cinco tiros, onde ficou com graves sequelas e que hoje precisa de acompanhamento médico rigoroso. 

Já neste ano foi descoberto uma lista contendo sete nomes de Agentes jurados de morte pelo PCC. No início deste mês, um servidor de Coxim teve sua residência invadida por bandidos que tentaram contra a sua vida, efetuando dois disparos onde a arma falhou, mesmo assim ele foi encaminhado para o hospital com ferimentos na cabeça e no corpo. 

E na madrugada desta sexta-feira (15), Paulo da Silva Godoy, diretor do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o Presídio de Segurança Máxima, foi ameaçado com um recado deixado por membros de uma facção criminosa na calçada de sua residência. 
 
Com todas essas ameaças e atentados, os servidores do Presídio de Segurança Máxima, convocaram uma reunião com o Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciário de Mato Grosso do Sul) e a Federação dos Agentes Penitenciários.

Na reunião todos decidiram adotar medidas para intensificar a segurança na Unidade. Entre elas a suspensão por tempo indeterminado da “jumbada”, entrada de alimentação e de pertences. 

A decisão foi tomada como forma de aumentar a segurança dos servidores, já que esse tipo de beneficio não está previsto em lei, já que tanto a alimentação quanto a produtos de necessidade básica é fornecido pelo estado, essa medida inibi a entrada de ilícitos no local. 

“Os servidores mediante aos fatos estão se conscientizando e se unindo, intensificando medidas de segurança já que o Estado é omisso”, enfatiza  Santiago, presidente do Sinsap.
 
Além dessas decisões tomadas pelos servidores o Sindicato cobrará um respaldo emergencial do governo em relação a está situação e está sendo estudada uma paralisação no próximo fim de semana.