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Paralisação de agentes pode “estourar” rebelião na Máxima da Capital

Presindente do Sinsap diz que problemas no sistema carcerário de MS não é culpa dos agentes

18 SET 2017 • POR Da redação • 18h11

Paralização dos Agentes Penitenciários pode gerar rebelião no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Na última terça-feira (12) em uma manifestaçao a categoria decidiu que no próximo domingo (24) as visitas serão suspensa. 

O manifesto, segundo o presindete do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), André Luiz Santiago, serve para cobrar do governo do Estado que cumpra com suas obrigações e dê mais segurança aos agentes.

A cobrança de segurança veio depois que os trabalhadores do sistema carcerário do Mato Grosso do Sul sofreram constates ameaças e atentados ordenados pelo do PCC (Primeiro Comando da Capital). Na última sexta-feira (15) o PCC, que controla o crime dentro e fora das cadeias brasileiras, ameaçou o diretor do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, Paulo da Silva Godoy. 

Um agente penitenciário, que preferiu manter sua identidade em segredo, disse ao JD1 Notícias,  que a paralisação do próximo domingo pode gerar uma revolta dos presos e assim “estourar” uma rebelião. Luiz Santiago ressalta que a classe dos agentes não pode se responsabilizar por obrigações que cabe ao governo cumprir. 

“O servidor não é culpado pelo não cumprimento da lei de execução penal, o Estado que é culpado, pois não desenvolve uma política pública melhor. Quando nós assumimos mostramos ao governo como resolver os problemas, mas e  Estado não tomou providências”, disse.

“O agente também não é culpado de trabalhar sem condições, ameaçado, sem armamento, em um local que apenas um servidor precisa cuidar de 700 presos”, protestou.

Choque se prepara para possível rebelião  

O comandante do Batalhão de Choque, major Marcus Pollet, disse que ainda não há nenhuma ordem oficial do governo sobre qualquer ação do batalhão no Presídio de Segurança Máxima da Capital, mas ressalta que os militares estão sempre preparados.

“Ainda é muito cedo para montar uma equipe, acredito que na quinta-feira, nós teremos algumas respostas por parte da Secretaria de Segurança Pública do Estado”, afirmou Pollet.

“Mas mesmo assim o Choque tem toda uma estrutura montada e preparada para agir caso aconteça uma rebelião. Estamos sempre prontos para este tipo de evento”, completou.