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MS tem o 5º maior índice de mães com menos de 15 anos

4 DEZ 2011 • POR Arquivo • 06h07
MS tem um dos maiores índices do país

O número de jovens com menos de 15 anos que já são mães é uma realidade em Mato Grosso do Sul. Cerca de 443 crianças e adolescentes de 12 a 14 anos já tiveram o primeiro filho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A idade reprodutiva das mulheres está no período de 15 a 49 anos. Os registros de nascimentos de crianças demonstram que a maioria das mães tem a faixa etária entre 15 a 29 anos de idade (75,4%). Conforme o IBGE, no país uma parcela bem pequena de mulheres tem filhos antes dos 15 anos de idade.

Do total de 2.747.373 crianças nascidas no ano de 2010, 1.957.780 nasceram de mães que estavam na faixa etária de menos de 15 anos a 29 anos – 71,2%.

No Brasil em 2010 foram 21.916 adolescentes que se tornaram mães. No Mato Grosso do Sul foram 443 jovens. No ranking nacional quando compara-se o total de registro de nascimento de mães de menos de 15 anos para o conjunto de nascimentos (todas as idades) o estado figura-se na 5ª maior proporção de crianças e adolescentes que já são mães.

O estado perde apenas para o Acre (1,31%), TO (1,30%), AL (1,28%), PA (1,15%) e MS (1,14%).

Os menores casos ocorrem em DF (0,4%) SP (0,5%) e SC (0,59%).

Nascimentos

O IBGE também traçou a quantidade de filhos tidos nos estados brasileiros.

Com os avanços e progressos da sociedade atual, o número de partos realizados nos domicílios, que era padrão no passado, passa a ser quase exceção no entanto, Mato Grosso do Sul ocupa a 7ª posição em nascimentos ocorridos em casa.

Dos 2.747.373 nascimentos ocorridos no País no ano de 2010, 2.715.244 crianças nasceram em hospitais e 27.393 nos domicílios.

Em Mato Grosso do Sul, do total de 38.761 nascimentos – 38.158 foram realizados em hospitais (98,44%) e 576 em domicílios. Destes, 19.793 são meninos e 18.966 meninas, uma diferença de 827 pessoas do sexo masculino.

Mesmo com este percentual pequeno, MS possui o 7º maior percentual de nascimentos em domicílios com 1,49%. Em primeira colocação aparece o Acre com 9,5%; seguido Amazonas 6,9%; Pará – 5,2%; Maranhão 4,3%; Amapá 4,1%; e Roraima 3,8%.

Registro

Diminuiu no Brasil a proporção de bebês que não são registrados no ano de seu nascimento. Em 2000, esta proporção chegava a 21,9%. Dez anos depois, caiu para 6,6%. As informações são da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice de registro extemporâneo em Mato Grosso do Sul de crianças registradas em até 90 dias após o nascimento é de 90,1 a 100% dos casos. Em 2000: os casos ocorriam somente nas microrregiões de Aquidauana, Bodoquena, Paranaíba, Três Lagoas e Nova Andradina.

Em 2005: passou a ocorrer em todas as microrregiões, exceto a que contém os municípios de Corumbá, Ladário, Porto Murtinho. No ano passado ocorreu em todos os 78 municípios.

Destaque-se as reduções dos registros extemporâneos ocorridas no Maranhão e no Piauí, que declinaram, respectivamente, de 73,1%, em 2000, para 20,0%, em 2010, e de 71,6%, em 2000 para 13,4%, em 2010.

Outro problema comum no país, mas que se reduziu na década, foi a proporção de óbitos não registrados. Em 2010, o IBGE estimou que 8% das mortes não foram registradas, percentual que era de 15% em 2000.

Este indicador é altamente afetado pelas taxas de mortalidade infantil. Quanto maior o óbito de bebês, maior a probabilidade de não registro. Além de razões culturais e da pobreza, a motivação de famílias para obter o registro da morte de uma criança pequena é menor do que no caso de um adulto, pois, neste segundo caso, o documento é uma peça importante na partilha de bens.

A queda da mortalidade infantil --indicada por outras pesquisas do IBGE-- causa também mudança no padrão de óbitos na faixa etária de até um ano de idade. Cada vez mais, essas mortes se concentram nos seis primeiros dias de vida do bebê (52% das mortes registradas), quando são mais difíceis de evitar.

Como o Censo já havia confirmado, houve redução de 21,7% para 18,4% na proporção de mães jovens, com idade entre 15 e 19 anos. O inverso aconteceu entre mulheres de 30 a 34 anos, cujos nascimentos representavam 14,4% em 2000 e, dez anos depois, passaram a 17,6%.

Alessandra Messias