Política

Decreto que troca multa por compensações ambientais pode salvar Rio Taquari

22 OUT 2017 • POR Da redação com Assessoria • 13h36
Junior Mochi e Reinaldo Azambuja comemoram com Temer o decreto de compensações ambientais - Reprodução

O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), participou neste sábado (21), da assinatura do decreto que permite que multas ambientais sejam convertidas em investimentos para recuperar e reflorestar áreas degradadas. O decreto assinado pelo presidente Michel Temer e pelo ministro de meio ambiente Sarney Filho deve arrecadar mais de R$ 4 bilhões.

A medida prevê desconto de 60% em multas ambientais para quem destinar o recurso ao fundo que financiará a recuperação de áreas com problemas de degradação.

Em uma articulação ocorrida no trajeto entre Campo Grande e Miranda, Mochi, que tem intimidade com o tema, detalhou ao ministro Sarney Filho as consequênciais que a degradação do Taquari tiveram na planície pantaneira, com a inundação de milhares de hectares de terra, que se tornaram alagadas e improdutivas.

Ao assinar o decreto junto com o presidente Michel Temer, o ministro Sarney Filho, anunciou que a recuperação do  Taquari, será prioridade com os recursos do novo fundo.

“O presidente Michel Temer assinou medidas na área ambiental,  entre elas a que assegura recursos que serão aplicados na recuperação da Bacia do Taquari, que há décadas sofre com o processo de assoreamento”, falou Mochi.

Rio Taquari

A degradação do Rio Taquari, é uma divida ambiental de décadas que Mato Grosso do Sul, não conseguiu resolver. Quando WIlson Martins era governador em 1997 , o governo estadual iniciou os estudos para a formulação do Projeto Pantanal, e  prefeitos da região norte, liderados por Junior Mochi de Coxim  criaram o  COINTA (Consorcio Intermunicipal para Desenvolvimento Sustentável da Bacia do rio Taquari), dando  inicio ao primeiro projeto, para recuperação do rio Taquari,  que pegaria  carona no projeto Pantanal .

O  idealizador do consorcio, e prefeito de Coxim na época Junior Mochi, estava junto com o ministro e o presidente da republica, porém na condição de presidente da  Assembleia Legislativa.A coincidência, ajudou a criar um importante anuncio  numa época de recursos federais escassos, e nenhum grande projeto novo, surgindo no horizonte.

A condição do Pantanal, de patrimônio ecológico reconhecido pela UNESCO, foi fator importante também, para o andamento positivo da questão. O governo estadual deve criar um grupo de trabalho, com determinação de atualizar em regime de urgência, o projeto existente, iniciado pelo consorcio de prefeitos ainda em 1997. Em agosto de 2015, o secretario de meio ambiente de MS, Jaime Verruck, chegou a constituir um grupo de trabalho para atacar e questão do rio Taquari, mas aparentemente sem resultados concretos.

Ao assinar o decreto junto com o presidente Michel Temer, o ministro Sarney Filho, anunciou que a recuperação do  Taquari, será prioridade com os recursos do novo fundo.