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Para nós não teve Natal, diz pai de Wesner

27 DEZ 2017 • POR Da redação • 12h27
Reprodução/ Arquivo pessoal

Dez meses após morte do adolescente Wesner Moreira da Silva, 17 anos, vítima de uma agressão com uma mangueira de compressor de ar, e da filha Adriele de Fátima Soares Silva, de 27 anos, ter o corpo queimado pelo marido, Valdeci Soares Silva, de 61 anos, afirma que para a família este ano não teve Natal.

“Foi um dia comum pra gente. Não estamos com cabeça para isso”, descreveu o pai de Wesner e Adriele sobre as comemorações de final de ano. 

A campanha nas redes sociais, organizada pela prima de Wesner, Patrícia Brites, ajudou a família com alimentos. “O pessoal fez um jogo de futebol e arrecadaram muitas coisas. Conseguimos muita ajuda com alimentos, a gente até dividiu com outra família que também está passando necessidade”, contou.

Com o benefício [do INSS] suspenso, Valdeci afirma que além dos alimentos, a família precisa de ajuda financeira para pagar as dívidas. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo número Marisilva Moreira (67) 99248 3028, ou de Valdeci (67) 9 9236-5548. 

Mulher agredida

Adriele de Fátima Soares Silva, de 27 anos, que teve o corpo queimado pelo próprio marido, Gilson Ferreira da Silva, de 33 anos, está estável e continua internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Santa Cada de Campo Grande. 

Segundo o Hospital, Adriele passou por uma traqueostomia . Valdeci ainda contou que a sedação foi tirada e que a filha gesticulou em sua última visita.

A mulher, que teve 25% do corpo queimado, foi internada no dia 10 de dezembro em estado gravíssimo, mas teve uma melhora clinica.

O caso chocou a Capital 

Wesner foi internado as pressas no dia 3 de fevereiro após o patrão e um colega de trabalho fazerem uma “brincadeira” com uma mangueira de compressor de ar, que atingiu o ânus e acabou entrando ar no corpo do adolescente. Após ser levado para a Santa Casa da Capital, ele teve que ser submetido a uma cirurgia para retirada de 20 centímetros do intestino. 

O caso chocou a Capital, já que os suspeitos Thiago Giovani Demarco Sena e Willian Larrea trabalhavam com o jovem no lava-jato. A situação que foi tratada por eles como uma brincadeira, virou caso de polícia. 

O adolescente ficou onze dias internado na Santa Casa de Campo Grande, mas morreu na tarde do dia 14 de fevereiro. De acordo com a assessoria do hospital, a causa da morte foi choque hipovolêmico, que é a perda de grandes quantidades de sangue e líquidos, seguido de uma parada cardiorrespiratória.