Câmara quer transformar Expogrande em patrimônio cultural
15 FEV 2012 • POR Reprodução • 09h25
Em sessão marcada na Câmara Municipal na terça-feira (14), vereadores de Campo Grande começaram a discutir sobre o projeto de transformar a Expogrande, feira com mais de 70 anos, em patrimônio cultural. A ideia é garantir que o evento seja realizado anualmente, mesmo com a hipótese entrando em cena em um momento polêmico: por falta de alvará para o local dos shows, a feira pode não ocorrer em 2012.
De acordo com o vereador Athayde Nery (PPS), presidente da Comissão Permanente da Cultura da Casa de Leis, o evento tem os três requisitos para ser declarado como patrimônio imaterial da cidade. São eles: caráter simbólico (por reunir raízes da cultura de MS por meio da pecuária e agricultura); é democrático e tem importante caráter econômico, com geração de R$ 200 milhões, criando negócios, renda e empregos.
O presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB), diz ser favorável ao consenso sobre a realização da Expogrande. No entanto, criticou o fato da Acrissul (organizadora da Expogrande) não ter promovido as reformas exigidas pelo TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado no ano passado para realização da feira, em saneamento e acústica.
Siufi, no entanto, garantiu que a Câmara vai defender que a Expogrande seja realizada para não prejudicar a população, que ganha com o evento, principalmente, por conta dos shows, mas sem afetar os moradores da região por conta do barulho, principal motivo da polêmica em 2011.
Outro lado
O presidente da Acrissul, Francisco Maia, justificou que o TAC assinado no ano passado foi condição para realização da feira. Ele assegurou que a Acrissul tem projetos para reforma desde agosto do ano passado, com obras de esgotamento e galeria de água fluvial no Parque de Exposições. No entanto, admitiu que o mesmo não ocorre com a reforma acústica, mas afirma que alternativas estão sendo estudadas para a questão do barulho.