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Assassinada há 10 meses, mulher é homenageada por familiares na data de seu aniversário

18 JAN 2018 • POR Da redação • 16h54

Familiares e amigos de Pâmela Jennifer Garicoi lamentam não ter a presença da vendedora para comemorar seu aniversário e prestam homenagens com mensagens de carinho. Neste dia 18 de janeiro, Pâmela completaria 33 anos, se não fosse morta pelo ex-marido aos 32, em março de 2017.

No perfil de Jennifer, no Facebook, mensagens de lamento e saudade demonstram o quanto ela era querida. “Que os anjos te encham de abraços e largos sorrisos, que você sinta o amor que temos por você e a saudade que é tamanha, sentimos sua falta”, escreveu uma amiga.

A mãe da vítima de feminicídio comentou a dor de não ter a filha. “Muitas vezes, a impressão que tenho é que vai chegar e dizer: mãe, estou aqui”, disse na esperança de um dia poder encontrar a filha no plano superior.

A “ficha não caiu” também para alguns amigos que se acostumaram com a presença de Jennifer. Uma das amigas disse que sempre pensa nela. “Parece que ela vai me ligar, a qualquer momento parece que vou receber uma mensagem”, escreveu. 

Morta pelo ex-marido

O assassinato brutal de Pâmela chocou a população da Capital. Na tarde do dia 23 de março de 2017, o ex-marido Johnny Teodoro de Souza, 31 anos, executou a tiros a ex no local onde a vítima trabalhava, em uma loja de gesso, no bairro Monte Castelo e depois tentou se matar com um tiro na cabeça.

Pâmela foi atingida no pescoço e ficou interada em coma por vários dias no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Santa Casa de Campo Grande, vindo a falecer no dia 25 de abril do mesmo ano.

Johnny também ficou internado no mesmo hospital que Pâmela. Ele perdeu a visão do olho esquerdo e, no dia 5 de abril de 2017, recebeu alta e foi encaminhado para uma cela na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).


(O crime foi registrado pelas câmeras de segurança do comércio)

Casamento marcado pela violência

Jennifer e Johnny foram casados por 11 anos. As agressões do marido começaram em 2009, mais três registros de violência doméstica foram registrados contra Johnny até a data do assassinato.

Em janeiro do ano passado, o casal se separou e Jhonny não podia se aproximar da ex, por ordem da Justiça. Poucos dias antes do crime, o acusado mandou mensagens ameaçando a ex, forçado-a a reatar o relacionamento.

Pâmela deixou duas filhas, uma de 5 e outra de 12 anos. Uma das crianças é, também, filha de Johnny.

Condenação

Jhonny está preso provisoriamente no Centro de Triagem da Capital e espera a condenação por feminicídio. Ele já está condenado a 60 dias em regime semi-aberto por violência doméstica.