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Feminicídio no São Conrado pode ter sido motivado por ciúmes, diz delegada

Independente da localização de Bruno, ele pode ser indiciado indiretamente

25 JAN 2018 • POR Redação com informações da Policia Civil • 10h59
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A Polícia Civil divulgou no final da tarde desta quarta-feira (24) informações sobre o caso de feminicídio sofrido por Katiusce Arguelho dos Santos no bairro São Conrado, na Capital.

Em 22 de janeiro, Bruno Mendes de Oliveira de 29 anos matou Katiusce com 18 facadas, após descobrir que ela tinha mantinha contato com o ex-companheiro.

Segundo Ariene Murad, delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), o crime foi motivado por ciúmes. “Como a maioria dos feminicídios, sempre há um sentimento de posse do homem em relação à mulher, neste crime foi utilizada arma branca, algo que é muito comum em feminicídio. Neste caso foram 18 facadas, a maioria nos membros superiores, duas no pescoço e uma nas costas, que levaram a morte”, afirma.

Segundo informações da DEAM o instrumento do crime foi apreendido e encaminhado à perícia, sendo que os policiais da Deam estiveram no local, acompanhando a realização da perícia técnica e a faca foi encaminhada ao Instituto de Criminalística.

Katiusce era mãe de seis filhos, todos de um antigo relacionamento. Policiais estão realizando buscas contínuas ao principal suspeito Bruno e relatórios de informação já estão sendo providenciados pela Superintendência de Gestão da Informação (SIG).

De acordo com a delegada as testemunhas já foram identificadas, constando no relatório de investigação e serão intimadas para prestar esclarecimentos. “Já está bem configurado o crime de feminicídio com pena de reclusão de 12 a 30 anos e mais uma qualificadora por motivo torpe em razão do ciúme”, destaca Ariene.

Próximos passos

A DEAM está aguardando o encaminhamento do laudo com exame necroscópico e perinecroscópico, o depoimento de todas as testemunhas, o encaminhamento das medidas cautelares e o indiciamento do agressor. Com a conclusão do inquérito o caso será encaminhado ao Ministério Público. 

A Delegada também destacou que independente da localização de Bruno, ainda que ele não seja encontrado, ele pode ser indiciado indiretamente. “ O próximo procedimento é encaminhar ao Ministério Público para oferecimento da denúncia, mas é importante que localizemos Bruno e sejam realizadas as devidas providências para um caso bárbaro como esse”, finaliza.