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Comissão cobrará do governo soluções para “situação precária” na UEMS

25 JUN 2018 • POR Da redação com assessoria • 16h59

Um grupo de estudantes, professores e parlamentares formou uma comissão que será responsável por buscar, junto ao governo do estado, a garantia de investimentos para a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Uma audiência pública aconteceu na manhã desta segunda-feira (25), na Assembleia Legislativa, para debater a situação e possíveis soluções aos problemas enfrentados por quem cursa Medicina na instituição.

Falta de docentes efetivos e infraestrutura precária foram citados como os principais problemas a serem solucionados por meio da comissão.

“Vamos reunir tudo o que foi apresentado em um documento e, juntamente com essa comissão formada, cobraremos providências urgentes. Ou a Medicina da UEMS toma o trilho da excelência ou temos que dizer para vocês o que está acontecendo. O Estado dá muitas desculpas, mas não resolve a situação”, afirmou o presidente da Comissão de Saúde da Casa de Leis, Dr. Paulo Siufi (MDB), que propôs a audiência atendendo à solicitação de acadêmicos.

O deputado se comprometeu a empenhar recursos, via emenda parlamentar, para auxiliar a Medicina da UEMS. “Este é um momento oportuno, considerando que já está em andamento nesta Casa de Leis a análise da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentária]”, lembrou.

A acadêmica Liviane Michelassi da Silva apresentou a cronologia da crise enfrentada pelos acadêmicos, marcada por paralisações dos estudantes e dos professores, além de incertezas quanto ao reconhecimento do curso pelo Ministério da Educação (MEC).

“Quando começamos, até as lâminas e outros materiais eram emprestados e havia pouquíssimos professores efetivos. Recorremos até ao governador, que nos prometeu resolver a situação. Obtivemos algumas conquistas, como a abertura de concursos e o convênio com a Unigran para a utilização dos laboratórios deles durante as aulas”, contou.

Contudo, segundo Liviane, muitos insumos básicos não chegaram e o curso também não dispõe de biblioteca adequada para atender os 192 acadêmicos de Medicina. Pelo menos 145 obras básicas são necessárias, conforme exigência do MEC, que somente autorizou o curso – ainda não o reconheceu.

Outra preocupação citada pela estudante foi com relação ao período de contratação dos docentes. Anteriormente, as contratações eram prorrogadas imediatamente ao final dos contratos, mas agora deverá haver seis meses de intervalo para nova contratação do mesmo professor. “Na prática, isso pode nos prejudicar muito porque não podemos ficar sem mais professores”, finalizou.