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Que vença o melhor

França e Croácia se enfrentam hoje na final da Copa

15 JUL 2018 • POR Da redação • 07h28
França e Croácia se enfrentam hoje na final da Copa - Reprodução

Chegou o dia de saber quem será o campeão da Copa do Mundo 2018. De um lado a França, que se classificou após derrotar a Bélgica por 1 a 0, no estádio de São Petersburgo. E do outro a Croácia que derrotou a Inglaterra por 2 a 1 na última quarta-feira (11).

O fato de que a Croácia é uma seleção com ótimos jogadores já era conhecido desde antes da Copa do Mundo por quem acompanha futebol. Mas imaginar que a seleção estaria pela primeira vez na final do torneio era algo praticamente impossível. Como os croatas conseguiram esse feito?

A resposta pode ser resumida em duas palavras: talento e trabalho. Essa combinação levou a essa impressionante façanha do futebol. Um feito ainda maior se considerarmos a quantidade de habitantes do país: 4,2 milhões.

Com exceção do Uruguai (3,4 milhões), todos os países campeões da Copa têm mais de 40 milhões de habitantes. A Alemanha, ganhadora em 2014, tem 83 milhões.

Mais da metade dos jogadores da equipe croata nesta Copa esteve no torneio de 2014, no Brasil, quando a equipe foi eliminada nas quartas de final. Há 13 jogadores que atuam há mais de quatro anos como base desse time. Com o novo treinador, Zlatko Dali?, o projeto do futebol croata foi construir uma equipe mais poderosa baseada na mesma coluna vertebral. E foi isso que eles fizeram.

A França, por sua vez, chama a atenção pelo talento de seus jogadores ofensivos, mas é na defesa que marcha um batalhão sólido o suficiente para colocá-la na final da Copa do Mundo.

Um somatório de conquistas mostra a importância do sistema defensivo francês na campanha que pode resultar em título hoje.  Em quatro dois seis jogos na Copa, a França não tomou gols – contra Peru, Dinamarca, Uruguai e Bélgica. Três gols de defensores, marcados nas fases eliminatórias, foram fundamentais para o time chegar à final: o lateral-direito Pavard contra a Argentina, o zagueiro Varane diante do Uruguai, o zagueiro Umtiti frente à Bélgica.

Alguns dos principais astros da Copa do Mundo sucumbiram à marcação francesa: Messi (Argentina), Suárez (Uruguai), Hazard e De Bruyne (Bélgica), Guerrero (Peru), Eriksen (Dinamarca).

A França só mostrou buracos contra a Argentina, na vitória por 4 a 3 – permitindo liberdade a Di María para chutar de longe e espaço para Mercado aproveitar passe de Messi. De resto, foi um time muito bem estabelecido atrás, capaz de amordaçar o Uruguai nas quartas de final e de só permitir três chutes da Bélgica, melhor ataque da Copa, no gol defendido por Lloris.

A estrutura defensiva francesa se baseia na solidariedade. Os três meias ajudam na marcação: Matuidi, Pogba e, acima de tudo, Kanté, um dos melhores jogadores da França na Copa do Mundo. E a eles juntam-se até figuras como Kylian Mbappé e Antoine Griezmann, atacantes de contribuição defensiva constante.

Arbitragem

A Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados) definiu na tarde da última quinta-feira (12) o árbitro responsável para o jogo entre França x Croácia. A final do Mundial no domingo terá o comando do argentino Néstor Pitana, auxiliado pelos compatriotas Hernan Maidana e Juan Pablo Belatti.

Pitana é um velho conhecido das duas equipes. O argentino, que apitou quatro partidas nesta Copa do Mundo, esteve no comando do jogo entre Croácia x Dinamarca, pelas oitavas de final, e França x Uruguai, nas quartas.

Além dos duelos de mata-mata de franceses e croatas, Pitana foi o responsável por apitar a abertura da Copa do Mundo entre Rússia x Arábia Saudita. O argentino também participou do jogo México x Suécia, válido pela última rodada da fase de grupos.

O árbitro de vídeo da decisão ficará sob o comando do italiano Massimiliano Irrati.