Geral

Em Campo Grande, autoridades se reúnem para discutir a segurança na fronteira

17 JUL 2018 • POR Da redação com assessoria • 17h28

Os ministros da Segurança Pública, Raul Jungmann, e da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, estarão em Campo Grande na próxima quinta-feira (19), para participar do Fórum Permanente de Segurança na Fronteira de Mato Grosso do Sul.

O evento realizado pela Associação Comercial de Campo Grande (ACICG) e a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) tem como objetivo debater a implementação de políticas eficientes de segurança na região fronteiriça.

Para o diretor da ACICG, Paulo de Mattos, as fronteiras representam grande preocupação para os comerciantes, especialmente em relação ao contrabando de mercadorias. “O contrabando de produtos, que atrapalham e concorrem com os produtos que pagam impostos é uma concorrência predadora. A ACICG tem o papel constitucional de representar e defender os interesses dos nossos associados, e ao realizar um evento dessa envergadura queremos buscar alternativas para que o comércio não sofra mais com os produtos contrabandeados, que enfraquecem as vendas locais, até porque são os nossos comércios que geram empregos e impostos para manter a máquina governamental funcionando”, explica.

Mattos reforçou ainda a importância de o setor empresarial ser atento e atuante nos assuntos relacionados à segurança. “Esse envolvimento é necessário primeiro, pela segurança do empresário e de sua família; segundo, pela segurança de seus clientes e de sua empresa, que é o seu maior patrimônio. Mas a relevância não se trata apenas de um único setor; é de suma importância vivermos em uma cidade segura, onde podemos andar sem termos de ficar com medo”, contribui.

Ao abordar o tema “Inteligência, Tecnologia e Desenvolvimento”, o encontro contará, também, com a presença do senador Pedro Chaves e agentes de segurança, como Agência Brasileira de Inteligência (Abin), polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar, Civil, Forças Armadas, além de membros do Judiciário, Legislativo e Executivo.

Violência na fronteira

Com aproximadamente 17 mil quilômetros de fronteira seca e 7,5 mil quilômetros de fronteira marítima, o país sofre com o crescimento da violência e disputa entre facções na região. Mas a escolha de Mato Grosso do Sul para começar o debate ocorreu devido as fronteiras com Paraguai e Bolívia, rotas de contrabando e tráfico.          

“A vinda dos ministros significa o reconhecimento da relevância de Mato Grosso do Sul no desenvolvimento de uma política de estado para a segurança pública na região de fronteira. Esperamos que esse fórum resulte em melhorias para a população. É muito importante a plena integração de MS ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e o mais relevante de tudo, que se defina, com clareza, quais são as atribuições da União, do Estado, dos Municípios quanto a segurança pública na região de fronteira. Alguns dizem que fronteira é problema da União, mas não, cada um tem sua atribuição. Queremos discutir, de fato, essa articulação e como se dará a coordenação das ações desses atores”, explica a Presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB/MS, Claudia Paniago.