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Revitalização do entorno dos trilhos está na metade

29 JUN 2012 • POR David Majella • 09h27
Projeto embeleza a região e assegura qualidade de vida para a população

Com mais de metade das obras concluídas, a revitalização do entorno do antigo traçado dos trilhos já transforma uma paisagem na área central que por muitos anos foi o símbolo de abandono. Estão sendo investidos R$ 16 milhões na Orla Ferroviária (entre as avenidas Afonso Pena e a Mato Grosso) e na Orla Morena 2, entre as ruas Eça de Queiroz, no bairro São Francisco e Plutão, no Bairro Cabreúva.

Quem dá um testemunho desta transformação é a dona de casa Isabel Medina Góes, que mora há mais de 30 anos na avenida Noroeste. Até 2004, ela  via da janela da sua casa o trem passar. Com a mudança dos trilhos para o contorno ferroviário, o matagal tomou conta do cenário. “O pessoal fazia isso aqui de lixo, até sofá jogavam. Agora está ficando lindo, tudo iluminado, gradeado”, conta satisfeita.

Isabel mora no traçado da Orla Morena 2 que começa na rua Eça de Queiroz, margeia a avenida Euler de Azevedo, prossegue no viaduto sobre a avenida Ernesto Geisel, passa nos fundos do futuro Centro Municipal de Belas Artes (que está em construção) até chegar na rua Plutão, onde começa a Orla Morena. Foram reconstruídos os trilhos e uma estação de passageiros, ponto de chegada do trenzinho turístico que deve circular periodicamente.

Neste trecho será instalado uma academia ao livre, bem na esquina da 14 de Julho com a avenida Euler de Azevedo. Nas proximidades também está prevista a instalação da “pedra” (área para venda de veículos), que saiu da avenida Afonso Pena e está provisoriamente no antigo terminal rodoviário.

Além do resgate da paisagem com embelezamento, o local ganhou também um espaço de lazer. É o que destaca a estudante Ana Cristina Maruyama. “As crianças agora podem vir andar de bicicleta, pois ganhamos uma área de lazer”. Já a comerciante Elizete Campos Martins, moradora do bairro Cabreúva, afirma que todos os vizinhos aprovaram a obra. “Ficou mais limpo, iluminado vai trazer mais segurança pra gente”, disse a comerciante.

Da sacada do quarto andar do prédio já tombado como patrimônio histórico, a proprietária do Hotel Gaspar, Cristian Gaspar, acompanha todos os dias e aprova as mudanças no centro da cidade. “As obras trouxeram os olhos da população para o centro da cidade. Uma cidade tem que preservar o centro, pois ele guarda a nossa história”.

Hóspede do Hotel, o paulista representante comercial de São José do Rio Preto, Carlos Eduardo Feitosa vem à capital sul-mato-grossense em média quatro vezes ao ano e já percebe as primeiras alterações no centro. “Era feio esteticamente, agora melhorou tanto em nível de segurança quanto na questão da qualidade de vida, pois viver num espaço mais bonito é sempre mais agradável”, relata.

Orla Ferroviária
Com 55% da obra concluída, a Orla Ferroviária, trecho dos antigos trilhos entre as avenidas Afonso Pena e a Mato Grosso, é financiada com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de R$ 4.339.903,86. A ciclovia de um quilômetro está pronta, assim como feita a drenagem, iluminação, implantada rede de esgoto; foi feito o alinhamento dos dormentes, colocados bancos e pérgolas.

O serviço entrou na fase de acabamento no trecho entre a avenida Afonso Pena e a rua Marechal Cândido Mariano com a execução de paisagismo (plantio de grama; espécies arbustivas e palmeiras pindó). Entre a rua Cândido Mariano e a avenida Mato Grosso está quase pronto o assentamento de pedra portuguesa na ciclovia, calçadas e rampas executadas dentro das normas de acessibilidade; execução de escadas; instalação de proteção lateral nos taludes, rampas e escadas; conclusão das áreas de estar com o assentamento de porcelanato e instalação dos bancos e pergolados; execução de deck de madeira sobre a estrutura metálica dos viadutos; paisagismo (grama, palmeira pidó e espécies arbustivas); traffic calmming em todos os cruzamentos.

Via CG Notícias