Política

Deputados se manifestam sobre conflito entre fazendeiros e indígenas

Os parlamentares usaram a tribuna da Assembleia Legislativa para comentar sobre a situação

28 AGO 2018 • POR Da redação com informações da Assembleia Legislativa MS • 16h19
O deputado Pedro Kemp disse que os indígenas e produtores precisam ter os devidos direitos assegurados - Victor Chileno/ ALMS

Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul usaram a tribuna da Assembleia Legislativa para se manifestaram a respeito do conflito entre os índios da etnia guarani-kaiowá e fazendeiros que vem acontecendo na fazenda Santa Maria, em Caarapó. Parlamentares se pronunciaram nesta terça-feira (28). 

 “Não quero entrar no mérito da questão, de quem está certo ou errado, o que quero enfatizar aqui é quando temos crianças, idosos e pessoas vulneráveis, não cabe qualquer ato de truculência”, afirmou o deputado Pedro Kemp (PT).

O petista ainda disse que os indígenas e produtores precisam ter os devidos direitos assegurados e que, em se tratando de decisão judicial, a desocupação da área deveria ter sido feita de forma negociada.

 “O que chegou até nós é que houve uma verdadeira operação de guerra, com helicóptero, bombas de gás lacrimogêneo, enfim, é desnecessário. O governo precisa cumprir o seu papel de intermediar as soluções e resolver conflitos de forma pacífica”, destacou Kemp.

Para os deputados Barbosinha (DEM), Zé Teixeira (DEM) e Cabo Almi (PT), nada justifica possíveis agressões, contudo, cabe às forças policiais restabelecerem a ordem. “O que não podemos é permitir o estado de caos”, disse Barbosinha.

 “Quando há agressão, a Justiça do estado precisa intervir e cumprir a lei”, afirmou o parlamentar Zé Teixeira. “Se não houver resistência, não tem porque ter truculência”, analisou Almi.

Conforme os deputados, Professor Rinaldo (PSDB) e Mara Caseiro (PSDB), os índios e produtores são igualmente vítimas.  “De um lado, temos aqueles que adquiriram as terras de boa fé e, do outro, os indígenas. É um impasse histórico que precisa ter fim”, disse Rinaldo.

 “Se houve uma decisão judicial, deve ser cumprida, mas truculência, jamais. Índios e produtores são vítimas de todo um sistema”, complementou Mara.