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Cientistas analisam ossos encontrados nos escombros do Museu Nacional

prédio do museu foi destruído por um incêndio

5 SET 2018 • POR Da redação com informações da Agência Brasil • 07h09
Parte do acervo do Museu Nacional no Rio de Janeiro, destruído por um incêndio no último domingo - Tomaz Silva/Agência Brasil

Ossos encontrados no trabalho de rescaldo do incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, estão sob análise de pesquisadores da instituição. Os cientistas conferem a possibilidade de o crânio ser de Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado no continente americano.

O prédio principal do Museu Nacional foi destruído por um incêndio que começou na noite de domingo (2) e avançou pela madrugada de segunda-feira. Uma das peças mais importantes do acervo, de 20 milhões de itens, era o fóssil de Luzia, que estava exposto à visitação. Pesquisadores constataram que o fóssil, encontrado em Minas Gerais, tem 12 mil anos.

Segundo a vice-diretora do Museu Nacional, Cristina Serejo, foram encontrados alguns ossos em uma área próxima ao local onde Luzia ficava exposta, mas ainda não é possível concluir se os restos pertencem a ela.

Uma tela do Marechal Rondon foi encontrada chamuscada nos escombros, e os pesquisadores devem iniciar um trabalho de recuperação da obra de arte.

Um dos destaques do museu, a coleção egípcia reunida pela Família Real no Século XIX foi praticamente toda perdida, de acordo com a vice-diretora.

"Estamos recebendo várias ofertas de doações, e de várias instituições estrangeiras, inclusive. Vamos fazer uma campanha para receber material e reerguer o Museu Nacional com as coleções. Temos muitos contatos internacionais", disse Cristina, que contou que o museu está se articulando internamente para receber as doações.