Internacional

Ex-bispos chilenos são expulsos do sacerdócio

A decisão do Papa Francisco foi por conta das acusações de abusos sexuais

13 OUT 2018 • POR Da redação com Agência Brasil • 17h21
A decisão tomada pelo Papa Francisco não admite recurso - Reprodução/Internet

Neste sábado (13), o Papa Francisco expulsou do sacerdócio os ex-bispos chilenos José Francisco Cox, 85 anos, da cidade de La Serena, e Marco Antonio Órdenes Fernández, 54 anos, de Iquique, ambos acusados de abusos sexuais. 

O Vaticano informou que o pontífice "renunciou do estado clerical" Cox e Órdenes, medida que os expulsa do sacerdócio, depois de terem sido submetidos a uma investigação da Congregação para a Doutrina da Fé. Não cabe recurso.

Essas duas expulsões se somam às dos sacerdotes chilenos Fernando Karadima Fariña e Cristián Prech, que foram confirmadas nas últimas semanas. "A decisão foi tomada pelo papa Francisco em 11 de outubro e não admite recurso", acrescentou o Vaticano, que comunicou a medida aos dois bispos eméritos. 

Cox está aposentado desde 2002 na cidade alemã de Vallendar, e tinha sido acusado de abusos sexuais contra menores de idade no Chile. Recentemente, foi divulgado um novo caso na Alemanha. Em 2002, foi transferido a um mosteiro na Alemanha para viver uma vida de "silêncio, oração e penitência", quando começaram a circular as primeiras acusações.

No caso de Órdenes, o Papa emérito Bento XVI já tinha aceitado em 2012 a renúncia do bispo de Iquique, que a apresentou após ter sido acusado de abusos sexuais contra um menino. 

No começo do ano, a Justiça chilena arquivou o caso sobre a acusação de estupro contra um menor, o que não parece ter sido levado em conta pela Doutrina da Fé na sentença. De acordo com o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, a medida dá sequência à "linha dura do papa Francisco em relação aos abusos".