Política

No segundo turno, Marina Silva declara “voto crítico” em Fernando Haddad

A ex-candidata se posicionou e o partido recomendou aos filiados a não votarem em Bolsonaro

22 OUT 2018 • POR Da redação com informações da revista Exame • 17h49
Marina criticou a campanha de Bolsonaro que segundo ela, usa o nome de Deus “em vão”. - Ricardo Moraes/Reuters

Marina Silva, ex-candidata à Presidência pela Rede, declarou “voto crítico” em Fernando Haddad (PT) no segundo turno em post no Facebook nesta segunda-feira (22). Marina diz que fará oposição democrática ao governo, caso Haddad seja eleito e criticou a campanha de Bolsonaro que segundo ela, usa o nome de Deus “em vão” e apresenta projetos que colocam em cheque as conquistas históricas desde a Constituinte de 1988.

Segundo informações divulgadas pela revista online Exame, a Rede, anunciou que seria oposição a quem fosse eleito, mas recomendou para que filiados e simpatizantes não votassem em Bolsonaro. "Neste segundo turno a Rede Sustentabilidade já recomendou a seus filiados e simpatizantes que não votem em Bolsonaro, pelo perigo que sua campanha anuncia contra a democracia, o meio-ambiente, os direitos civis e o respeito à diversidade existente em nossa sociedade" disse.

Marina citou direitos das minorias em seu texto divulgado nas redes sociais:

“Farei oposição democrática a uma pessoa que, “pelo menos” e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental”, diz o texto.

A ex-candidata, que chegou a liderar as pesquisas para as eleições 2018, ficou em oitavo lugar com 1% dos votos válidos, o equivalente a 1,06 milhão de pessoas.

“Sei que, com apenas 1% de votação no primeiro turno, a importância de minha manifestação, numa lógica eleitoral restrita, é puramente simbólica. Mas é meu dever ético e político fazê-la.”

No texto, Marina enfatiza sua fé cristã e diz que a campanha de Bolsonaro usa o nome de Deus “em vão”, além de fazer uma referência à defesa da tortura pelo candidato. 

Ela também fez críticas à postura pública do PT; no último debate do primeiro turno, Marina pediu uma autocrítica do PT a Haddad, tema retomado no texto publicado.

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