Política

MP fica contra Soraya, em ação envolvendo suplente

A senadora eleita pede a inelegibilidade do primeiro suplente da sua chapa

10 NOV 2018 • POR Da Redação • 10h11
Presidente do PSL-MS, e primeiro suplente Rodolfo Oliveira Nogueira - Reprodução/Internet

A inusitada ação, movida pela senadora eleita Soraya Vieira Thronick, para substituir seu primeiro suplente Rodolfo Oliveira Nogueira, caminha para seu rumo natural, o arquivamento, com a derrota de Soraya e a manutenção de Rodolfo, como primeiro suplente. O recurso, que foi protocolado a época da eleição, sempre foi visto com desdém na justiça eleitoral. Na ação Soraya pede a inelegibilidade do seu primeiro suplente. E nesta quinta-feira (9), o procurador do Ministério Público Federal, Marcos Nassar  solicitou que a ação seja extinta sem resolução de mérito, sobre alegação de princípio da indivisibilidade da chapa, previsto no art. 46, § 3º, da Constituição Federal.

Para o advogado de defesa de Rodolfo, Drº Ary Raghiant Neto, o fato do Ministério Público ter acatado a argumentação feita que uma chapa é indivisível, ou seja, seria como se fosse governador e vice não existe essa possibilidade, é um ponto positivo para o encerramento desta ação. "No meu ver isso é um estelionato eleitoral e também não vejo como uma ação em si de cunho político.Sobre a questão que a Soraya levantou sobre uma possível ameaça, também não é dentro do âmbito eleitoral que se resolve", ressaltou Raghiant. O advogado espera que tudo termine de forma tranquila e rapidamente.

Caso

A briga interna no PSL, presidido em Mato Grosso do Sul por Rodolfo Nogueira, começou no mês passado. Reclamações da então candidata ao Senado sobre a postura de seu partido em relação à sua campanha e do presidenciável Jair Bolsonaro se converteram em denúncia à Polícia Civil, com registro de ocorrência por ameaça. 

Eles também alegam que Dorival Betini, então candidato a senador pelo Partido da Mulher Brasileira, ou alguém a seu mando, teria impresso na Gráfica Exata, adesivos vinculando seu nome e número ao de Jair Bolsonaro, sem reação do presidente regional do PSL. Outra “denúncia”é de que santinhos de candidatos do PSL a deputado estadual trazia os demais campos em branco ou seja sem divulgar o númeno da candidata ao Senado e de Bolsonaro.

Confira o despacho do Ministério Público