Polícia

Indiciado por ocultar cadáver da cunhada, corta pescoço da esposa

Hugleice da Silva ficou conhecido no estado por ter tido um caso com a cunhada, e a ajudado a cometer um aborto em 2011

18 NOV 2018 • POR Da redação • 17h30
Ele, que ocultou o cadáver da cunhada em 2011, agora esfaqueou a mulher - Reprodução TV Record

Hugleice da Silva, 35 anos, indiciado por ocultar o cadáver da cunhada Marielly Rodrigues Barbosa, que tinha 19 anos em 2011, voltou a ser notícia nas páginas policiais neste domingo (18). Dessa vez, ele é suspeito de esfaquear e amarrar a esposa Mayara Barbosa, 29 anos, em Rondonópolis, Mato Grosso e fugir.

Ele ficou conhecido no Mato Grosso do Sul depois de ter mantido um relacionamento amoroso com a cunhada Marielly, ter levado a jovem para realizar um aborto, que fora mal sucedido e posteriormente ao constatar a morte da vítima ter jogado o corpo em um canavial de Sidrolândia. Na época do “sumiço” da vítima, ele ainda ajudou a família a procurar em uma grande campanha.

Depois de passar um tempo preso, Hugleice conseguiu a responder em liberdade e mudou-se para a cidade de Rondonópolis com a esposa – irmã de Marielly –, para tentar uma vida nova. Mas, na manhã desse domingo, Mayara Barbosa foi esfaqueada, amarrada e teve o pescoço cortado, na residência em que morava.

Depois do crime, Hugleice fugiu em um carro Palio de cor prata. A mulher conseguiu se soltar e pedir ajuda, foi resgatada  por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada ao Hospital Regional em estado gravíssimo.

De acordo com informações do site Agora MT, o suspeito viu algo que não gostou no celular da vítima e em seguida começou a agredir a mulher com uma faca em diversas partes do corpo. Em seguida Hugleice  amarrou a mulher e desferiu um corte no pescoço da vítima. Ainda conforme informações, o suspeito já havia ligado para familiares da vítima fazendo ameaças.

Caso Marielly

Marielly teve um caso com o cunhado Hugleice e ficou grávida. Na época ele esquematizou o aborto da jovem junto com o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes que cobrou R$ 1 mil para realizar o procedimento. Mesmo tendo ajudado Marielly a abortar, ele sempre negou ser o pai da criança.

No dia 21 de maio de 2011, a vítima saiu de casa e não foi mais vista. A família toda, inclusive Hugleice fizeram campanhas e peregrinações para encontrar a jovem, até que no dia 11 de junho o corpo dela foi achado em um canavial em Sidrolândia.

Hugleice levou a cunhada para a casa do enfermeiro para realizar o aborto. Momentos depois, Jodimar avisou que Marielly havia morrido e os dois levaram o corpo da mesma e dispensaram no canavial.

A Justiça conseguiu descobrir que Hugleice tinha falado com Marielly por telefone no dia do desaparecimento e as provas foram aparecendo.

A empregada do enfermeiro Jodimar confirmou ter visto Hugleice na casa, e a operadora do celular dele indicou a localização em Sidrolândia. A família de Marielly teria mentido ao dizer que Hugleice permaneceu em casa no período da tarde no dia do crime.

O enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes e Hugleice foram indiciados por aborto e ocultação de cadáver. Eles permaneceram um tempo presos, e posteriormente conseguiram na Justiça o direito de responder em liberdade.