Polícia

Jovens seguraram jogador para Brittes esfaquear e mutilar atleta, diz MP

Ao chegar no local onde o corpo dele foi achado, os três desceram do carro e espancaram Daniel

28 NOV 2018 • POR Da Redação com G1 • 09h48
Ygor King, de 19 anos, e David Willian Villeroy da Silva, de 18 anos, estão presos desde 8 de novembro - Reprodução/Internet

Os jovens Eduardo Henrique da Silva, Ygor King e David Willian da Silva imobilizaram o jogador Daniel para Edison Brittes Júnior esfaquear e mutilar o atleta, de acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) nesta terça-feira (27).

Segundo a denúncia, ao chegar no local onde o corpo dele foi achado, os três jovens desceram do carro e espancaram Daniel. Na sequência, Edison Brittes desceu do carro e "decapitou parcialmente a vítima tendo contado com a imobilização" de Eduardo, Ygor e David.

De acordo a denúncia do MP, "nas mesmas condições" e "contando sempre com o apoio e adesão dos demais presentes", Edison Brittes mutilou Daniel, que teve o pênis amputado.

Daniel foi encontrado morto no dia 27 de outubro após a festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edison Brittes Júnior. Os quatro foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor.

Além deles, Cristiana Brittes também foi denunciada por homicídio, segundo a denúncia, por ter "orientado-os a prosseguirem com o justiçamento do jogador" fora da casa. De acordo com depoimentos de testemunhas prestados à polícia, Cristiana disse para não deixarem Edison Brittes matar o jogador dentro da casa da família.

Outras duas pessoas foram denunciadas pelo MP: Allana Brittes, por coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de adolescente; e Evellyn Brisola Perusso, por denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho.

A denúncia aponta que Daniel foi flagrado por Edison Brittes deitado na cama de Cristiana Brittes, esposa de Edison, tirando fotos ao lado dela.

Segundo o MP, Daniel foi espancado ainda dentro do quarto e levado colocado no porta-malas do carro de Edison Brittes para ser executado. Os sete também foram denunciados por corrupção de menor. Segundo o promotor do MP João Milton Salles, porque havia uma pessoa menor de idade "naquela festividade e naquele ambiente" e que essa pessoa foi cooptada para ajudar a limpar a casa para alterar a cena do crime, que na denúncia foi considerada como fraude processual.

Dos sete denunciados, apenas Evelyn Perusso não está presa. Ela ficou com o jogador Daniel durante a festa na casa noturna. O promotor Milton Salles disse que não pretende pedir a prisão dela.