Geral

Projeto de instituto busca acolher refugiados por meio da Língua Portuguesa

Estudo pretende contribuir para a integração social de migrantes em Corumbá

5 DEZ 2018 • POR Da redação com assessoria • 13h57
Mais de 1,3 mil haitianos entraram no Brasil pelo município fronteiriço - Reprodução/Internet

A situação dos refugiados no município de Corumbá é tema de um projeto de pesquisa desenvolvido pelo campus do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). O estudo prevê o levantamento estatístico dos migrantes, a partir da quantificação e identificação de acordo com sexo, idade, origem e proteção almejada, e a oferta de um curso de Língua Portuguesa.

A coordenadora da pesquisa e professora de Língua Portuguesa, Renilce Barbosa, explica que o objetivo é contribuir para a integração social de refugiados em Corumbá, por meio do estudo da relação entre sujeito, história e língua, fomentando a ampliando as políticas públicas de ensino da Língua Portuguesa como mecanismo de acolhimento.

Também está prevista a realização de um curso de Língua Portuguesa ao público-alvo do projeto. "Esse curso será ministrado nas instalações do IFMS em Corumbá, numa relação colaborativa entre professores e alunos da instituição com o intuito de oportunizar o protagonismo juvenil", explicou o professor José Augusto.

Reconhecimento

O projeto de pesquisa intitulado “Em questão: língua de acolhimento – Português para refugiados no contexto corumbaense”, foi premiado na edição 2018 da Feira de Ciência e Tecnologia do Pantanal (Fecipan), realizada no mês de outubro, em Corumbá.

No evento, a pesquisa recebeu três prêmios: melhor banner, melhor relatório e melhor projeto do ensino médio 2018. O trabalho também foi credenciado para participar da edição 2019 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), promovida pela Universidade de São Paulo (USP), que ocorrerá no mês de março na capital paulista.

Além da participação na Fecipan, um minicurso sobre o tema foi ministrado na Semana de Ciência e Tecnologia do IFMS. “Por meio de dinâmicas e palestras, procuramos mostrar aos participantes como é ser um refugiado no Brasil e as dificuldades que enfrentam no dia a dia”, comentou a estudante bolsista.