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Médium João de Deus é acusado de abuso sexual

Mulheres relataram abusos durante tratamentos espirituais em Abadiânia, Goiás

8 DEZ 2018 • POR Da redação com G1 • 15h13
João Teixeira de Faria recebe até 10 mil pessoas por mês, a maioria são estrangeiros para atendimentos e cirurgias espirituais - Reprodução/TV Anhanguera

João de Deus, médium brasileiro conhecido internacionalmente, foi acusado por dez mulheres de abuso sexual, em reportagem exibida no “Conversa com Bial”, da Rede Globo, na madrugada deste sábado (8).

Os atendimentos espirituais do médium, ocorrem na Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia, em Goiás. Local onde dez mulheres relataram ter sofrido abusos sexuais.

Famoso pelos atendimentos e cirurgias espirituais que faz desde 1976, em Abadiânia, uma cidade com menos de 19 mil habitantes, João Teixeira de Faria, conhecido como "João de Deus", recebe até 10 mil pessoas por mês, a maioria são estrangeiros. Os relatos sobre as curas obtidas pelo médium, incorporando entidades, se espalharam pelo mundo.

Das Dez mulheres que decidiram falar dos abusos, uma é holandesa e as outras são brasileiras. Zahira Leeneke Maus, uma coreógrafa holandesa declarou “Existe um sistema. A primeira coisa é vire de costas, eu vou te curar. Existe um padrão, e você é manipulada a acreditar na cura”, finalizou.

Além dela, as outras entrevistadas disseram que quando estavam sozinhas com ele eram violentadas sexualmente.

“Pegava na minha mão para eu pegar no pênis dele. Ele falava: ‘Põe a mão, isso é limpeza. Você precisa dessa limpeza, é o único jeito de fazer isso'”, relatou uma das vítimas.

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, João de Deus afirma que "rechaça veementemente qualquer prática imprópria em seus atendimentos".