Polícia

Frigorífico do interior é autuado por causar poluição em córrego

A PMA verificou que o sistema de cuidados e de tratamento de efluentes não estava funcionando adequadamente

14 DEZ 2018 • POR Da Redação com Assessoria • 10h56
Os policiais verificaram que os dejetos (sangue, miúdos e detritos dos animais) produzidos em excesso caíam dos tanques e escorriam a céu aberto - Divulgação/PMA

Policiais Militares Ambientais (PMA) de Cassilândia autuaram nesta quinta-feira (13) , um frigorífico que funciona na cidade, em virtude de denúncias de que a empresa estaria causando poluição no local e despejando efluentes inadequadamente em um córrego. A PMA realizou vistoria nas instalações da empresa e verificou que o sistema de cuidados e de tratamento de efluentes não estava funcionando adequadamente.

Os policiais verificaram que os dejetos (sangue, miúdos e detritos dos animais) produzidos em excesso caíam dos tanques e escorriam a céu aberto, contaminando o solo, e o material sólido era ensacado em sacas plásticas. O líquido escoava em uma caixa de captação e depois era escoado em dois canos de PVC, sendo lançados diretamente às margens do córrego e consequentemente às águas do córrego Ritinha, afluente do Rio Aporé, sem nenhum tipo de tratamento, havendo contaminação do solo e águas do referido Córrego.

Os funcionários afirmaram que não sabiam que o problema estava acontecendo. As atividades foram paralisadas até a regularização do tratamento dos efluentes. A empresa foi notificada a remover todo o material contaminante em 48 horas. Foi notificada também a apresentar um Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada (PRADA), bem como o projeto de tratamento de efluentes e os relatórios de monitoramento da água do córrego Ritinha, bem como possíveis danos a flora e fauna, junto ao órgão ambiental.

O frigorífico foi autuado administrativamente e multado em R$ 50.000,00, conforme previsão do Decreto Federal 6.514/2008. A PMA manterá o monitoramento do tratamento de efluentes, para verificar se realmente houve negligência da empresa, ou se o sistema está saturado e não consegue mais dar tratamento à quantidade de efluentes.