Polícia

João de Deus presta depoimento no Ministério Público de Goiás

Promotores precisam concluir, até domingo, denúncia contra o médium, que nega as acusações

26 DEZ 2018 • POR Da Redação com G1 • 13h52
Os agentes se posicionaram de forma com que não fosse possível filmar o momento em que o investigado desceu do carro e entrou no prédio - Divulgação/G1

Suspeito de abusos sexuais, João de Deus presta depoimento, nesta quarta-feira (26), na sede do Ministério Público de Goiás, em Goiânia. Os promotores precisam ouvi-lo para concluir a primeira denúncia contra o médium e encaminhá-la para o Poder Judiciário, o que precisa ser feito, no máximo, em até quatro dias, devido ao prazo legal. O médium nega ter cometido crimes durante atendimentos espirituais em Abadiânia.

João de Deus está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, e saiu, sob forte escolta, para a sede do órgão. O trajeto dutou 15 minutos.

O médium chegou por volta das 10h ao MP-GO. No local, os agentes se posicionaram de forma com que não fosse possível filmar o momento em que o investigado desceu do carro e entrou no prédio. O depoimento começou cerca de 40 minutos depois.

Até a manhã desta quarta-feira, o MP-GO recebeu quase 600 denúncias, por e-mail, contra o médium.A esposa do médium João de Deus, Ana Keyla Teixeira, de 40 anos, prestará depoimento nesta quarta-feira (26), a partir de 13h, na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia. Ana Keyla, que tem defendido o marido, será interrogada pelo delegado Valdemir Pereira. Ela é mãe da filha mais nova do médium, acusado de crimes sexuais. Do total de relatos, a força-tarefa colheu 77 depoimentos de mulheres.

Assim como o MP-GO, a Polícia Civil de Goiás montou uma força-tarefa para apurar os crimes. Os policiais receberam 16 denúncias, sendo que nove viraram inquéritos. Um dos procedimentos já foi concluído e indiciou o médium por violação sexual mediante fraude. Conforme a investigação, o caso aconteceu em 24 de setembro e se trata do registro mais recente contra João de Deus.

Os promotores vão juntar o inquérito que a Polícia Civil concluiu com outros três relatos que recebeu para oferecer a primeira denúncia contra o médium. O documento precisa ser entregue ao Poder Judiciário até domingo (30), que é o prazo legal.