Economia

Portugueses vão às ruas protestar contra FMI e plano de austeridade

15 SET 2012 • POR Jose Manuel Ribeiro / Reuters • 19h40
Os participantes organizaram o protesto pela internet e usaram cartazes contra o FMI.

Portugal viveu neste sábado (15) mais uma jornada de manifestações contra as medidas de austeridade do governo. Milhares de pessoas nas principais cidades do país se reuniram para protestar contra a troika.

Em Lisboa, a passeata de manifestação partiu do centro da cidade e se deslocou até a Praça da Espanha com gritos e cartazes contra o Executivo conservador de Pedro Passos Coelho e as duras medidas de ajuste aplicadas em seus 15 meses no poder para cumprir as exigências do resgate financeiro luso.

Tanto na capital, como no Porto e em outras cidades lusas, as manifestações se desenvolveram de forma pacífica, mas todas contra a política de austeridade exigida pela troika, que, por sua vez, mantém sob estreita vigilância as finanças do país.

Os três organismos (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), que concederam a Lisboa 78 bilhões de euros em maio de 2011 e evitaram a quebra do país, foram os principais alvos do protesto popular de hoje, assim como o Executivo de Passos Coelho.

As autoridades lusas não forneceram números sobre as manifestações, mas a imprensa local e os organizadores concordaram que os protestos de hoje foi um dos de maior contestação popular registrada no país nos últimos anos.

Os protestos, que foram convocados através das redes sociais por movimentos cívicos e grupos de 'indignados' lusos, também contaram com apoio de partidos de esquerda e de grandes sindicatos.

Seus principais promotores sublinharam, em entrevista coletiva no Porto, que a iniciativa não tem orientação política e seu objetivo é expressar o descontentamento dos portugueses com uma política econômica que disparou o desemprego (até 15%) e a recessão (3,2%).

Além disso, os manifestantes pediram para Passos Coelho não aplicar as novas medidas de ajuste anunciadas na última semana, as quais supõem uma nova redução de salários superior aos 7%, e também criticaram os empresários e as figuras da coalizão conservadora do governo.

Via G1