Polícia

Bíblia fica intacta após caminhão ser incendiado

O fogo consumiu todo o veículo, restando apenas a bíblia de um dos funcionários

7 JAN 2019 • POR Da redação com UOL • 08h56
A biblía não foi atingida pelas chamas, embora o caminhão tenha sido totalmente queimado - Dorian Girão/TV Jangadeiro

Um ataque criminoso a um caminhão da Enel, em Fortaleza, chamou atenção de uma equipe de reportagem que acompanhava o fato, pois, mesmo após um caminhão ser incendiado, uma bíblia ficou intacta dentro do veículo.

O caso, que foi registrado por Dorian Girão, repórter cinematográfico da TV Jangadeiro/SBT, aconteceu na última sexta-feira (4), na Via Expressa, próximo à Avenida Abolição, em Fortaleza.

De acordo com a UOL Notícias,  o caminhão da empresa foi abordado por bandidos, que fazem ataques a cidade há seis dias. Eles atearam fogo no veículo, que ficou destruído. Após o Corpo de Bombeiros apagar as chamas, os funcionários terceirizados da empresa voltaram ao caminhão em busca de "salvar" algum objeto.

"Um deles deixou a carteira, com R$ 300, que foi totalmente destruída, junto aos pertences. A única coisa que ficou intacta foi a bíblia de um dos funcionários. Todo mundo ficou surpreso", relata Dorian Girão. 

Essa é a maior onda de terror da história do estado, que causa prejuízos e deixa a população em pânico. Até agora, 110 pessoas foram presas.

Apesar da chegada da Força Nacional no Ceará na última sexta-feira (4), solicitada pelo governador Camilo Santana, os crimes continuam. Ônibus, caminhões, prédios públicos, supermercados, concessionárias, estacionamento de shopping, passarelas e fotossensores foram alvos dos bandidos. As vans paralisaram as atividades desde a sexta-feira por falta de segurança.

Em pichações deixadas em muros de escola municipal e posto de saúde, bandidos dizem que onda de ataques só vai parar com saída do secretário da Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque.

Diante da extrema violência, os ônibus seguem em operação emergencial, circulando com a frota reduzida e somente com a presença de três policiais em cada coletivo. Já as vans paralisaram as atividades desde a sexta-feira por falta de segurança.

As ações iniciaram após as declarações do secretário Luís Mauro Albuquerque, de que não reconhecia facções criminosas. Durante a posse, ocorrida no dia 1º de janeiro, ele adiantou que os presídios cearenses não serão mais divididos por facções. Em coletiva de imprensa, o secretário da Segurança Pública, André Costa, afirmou que a polícia não vai recuar aos atentados.