Justiça

PF pede 90 dias para dizer quem pagou defesa de Adélio

Justiça ainda não sabe quem financiou a defesa jurídica do agressor de Bolsonaro; advogado mantém sigilo

16 JAN 2019 • POR Da redação com Agência Brasil • 18h34
Defesa de Adélio afirma que ele agiu sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada” - Divulgação/Assessoria de Comunicação Organizacional do 2° BPM

Foi feito um pedido da Polícia Federal (PF) para a Justiça Federal em Minas Gerais, pedindo mais 90 dias para encerrar o inquérito que busca saber quem são os responsáveis pelo financiamento da defesa de Adélio Bispo, autor do ataque contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral do ano passado.

No fim do ano passado, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em dois imóveis relacionados ao advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que é um dos integrantes da defesa de Adélio. Zanone diz que manterá sigilo profissional sobre quem contratou o seu serviço.

Bolsonaro tomou uma facada em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro do ano passado. O ataque foi feito por Adélio Bispo de Oliveira, autor confesso da facada, que está preso no presídio federal em Campo Grande (MS).

No primeiro processo aberto pela Justiça, Adélio passou à condição de réu por atentado pessoal por inconformismo político. O acusado colocou em risco o regime democrático ao tentar interferir no resultado das eleições por meio do assassinato de um dos concorrentes na disputa presidencial.

Adélio Bispo planejou o ataque com antecedência de modo a excluir Bolsonaro da disputa, de acordo com o procurador autor da denúncia.

A defesa de Adélio afirma que ele agiu sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada” por conta de um suposto problema mental.